sábado, 24 de dezembro de 2011

No céu com diamantes

Quando olhar para o céu do Brasil
Repara bem que pintou
Alguém que brilha e sorri 

Dói de tanto medir a distância
Saber que não vou te tocar
Além da lembrança
A tua falta é sol sem calor
E está aqui mas se foi
Virou estrela, a nossa estrela no céu

Feliz Natal, minha estrela, onde você estiver.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Milagre

Caro Jon,

Encontrei um moço bem parecido com você no último sábado e por conta disso, desde então, tenho pensado bastante em você. Já há mais de um que não nos vemos e sua amiga aqui está morrendo de saudades!

Tenho estado muito fechada, introspectiva até demais ultimamente e sei que, como você sempre faz ao me ver assim, você vai insistir em descobrir meus pensamentos. Já posso lhe adiantar, meu querido, que repetirei a resposta que você já conhece. Sigo sentindo o peso do mundo em minhas costas e desta vez aliada à desesperança de pensar que, mais uma vez quando parece que tudo via se ajeitar, algo me joga de volta ao fundo do poço. Sim, meu amigo, certamente é mais uma de minhas paranoias, de minhas pirações. Sinto-me cada vez mais louca nesse mundo injusto no qual somos obrigados a fincar os pés na realidade e deixar os sonhos de lado. Me consterna admitir que não ouso mais, que não sonho mais, que não posso ou não quero mais tentar tocar o céu porque a dura verdade da vida é que ele só é atingível para os pássaros ou para as estrelas, e que a única forma que temos de voar é libertando o espírito. Mas não me vejo mais capaz disso. Estou cética. Mais do que nunca. Por mais dolorosa que seja, agora eu só queria as verdades que tanto me prometem. Por ora, só vejo as mentiras. E mentiras me cansam...

Não quero ser forte. Não vou ser forte. Quero ser resgatada, libertada, salva. Nos meus sonhos, seria algo arrebatador, brilhante e divino como um anjo. E parece que posso lhe ouvir me repreender ao ler estas palavras tolas: "não existem anjos por aqui, minha querida; seria uma boa briga, mas eles preferiram cair na estrada ontem à noite". Mas você me conhece bem e sabe que eu sou assim, nego o romance com todas as forças mas no fundo sou uma refém dos heróis de carne e osso. Um imã para aqueles que, como eu, tem planos gigantescos e muito pouca praticidade ou para aqueles que tem a suficiente má sorte de se achar na beira de rio e do nada se perceber no meio do mar revolto.

Sei, meu amigo, que você já passou por muita coisa e te admiro muito por isso. Sei que faço drama frente aos sufocos da vida real mas esta sou eu e você sabe. E preciso de você por perto, me olhando nos olhos, me mostrando que é possível seguir adiante e lutar com orgulho e sem arrependimentos pelo que se acredita.

Você é o meu anjo, meu querido, e preciso de você hoje mais do que nunca. Acho que cabe a você  operar esse tal milagre já que meus anjos salvadores por um motivo ou outro me abandonam ou abandonaram. Mas com você é diferente. Você traz a ordem de volta ao meu mundo, deixa tudo no seu devido lugar e nunca, nunca me decepciona. Mesmo quando estamos no limite, na beira do precipício ou no caminho da represa que está prestes e estourar, você sempre sabe que eu preciso de você e você está comigo. Mas agora só mesmo um milagre porque meu coração está arrasado e minha consciência me tortura me obrigando a enfrentar o que é preciso. Eu sou fraca, e não sei o que fazer. Sigo conselhos do mundo e eles estão escritos na areia, mas a maré está enchendo. Só mesmo com um milagre.





domingo, 4 de dezembro de 2011

Parecidos

Só eu achei esses comerciais bem parecidos entre si?

Stella Artois x Itaipava:


Bud Light para a NFL x Brahma para o Campeonato Brasileiro:



Estrela Dalva


Dalva Maria Simas do Couto
08/06/1943 - 27/11/2011

Saudades

A doçura que se expandia de seus lábios a fez estimada 
por todos aqueles que a cercavam.
Deus é testemunha da estima e do afeto que devotava 
aos seus e aos que dela se aproximassem.
Jamais será esquecida.
É digna da paz celestial pela afeição que na Terra soube espalhar.
Assim viverá eternamente na Glória do Senhor 
e na memória daqueles que a amaram.
Senhor dai-lhe o merecido descanso.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ne Me Laisse Pas L'aimer



Ne Me Laisse Pas L'aimer
Pourtant c'est lui que tu veux
Et tu m'oublies peu à peu
Je sais qu'un jour viendra
Tu tomberas dans ses bras
Mais il est déjà trop tard
Mais tu l'aime déjà
Un jour il fera mouche
Tu tomberas sur sa couche

Tu ne peux pas résister
Quand il vient te parler
Je vois tes yeux
Qui s'accrochent à ses yeux
Non tu ne peux pas résister
Il sait que c'est plus fort que toi
Et comme il te veux
Un jour il t'aura

Mais tu te prends à son jeu
Il est bien trop dangereux
Ah non tu ne vois pas

Comme il s'amuse de toi

Il ne faut plus le revoir
Il fera ton désespoir
Jamais oh non jamais
Ne le revois plus jamais

Il ne faut plus le revoir
Il ne faut plus le revoir
Il ne faut plus le revoir

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Eduardo & Mônica

Voltei no tempo. Hoje pela manhã foi como se o tempo tivesse voltado a 1986. Estou de volta à sétima série, ao pátio do Colégio Santa Maria, às mesinhas da Degrau Lanchonete, aos bancos dos ônibus da Flores, aos corredores do CCAA. E, onde quer que fosse, sempre que tinha uma musiquinha rolando, não tardava a tocar Legião Urbana. Era a hora e a vez do disco DOIS - O Disco - que tinha, entre outras, "Daniel Na Cova Dos Leões", "Quase Sem Querer", "Acrilic On Canvas" (uma de minhas favoritas ever), "Tempo Perdido", "Andrea Doria" (outra das favoritas ever), "Fábrica", "Índios" e "Eduardo e Mônica". 


Naquela época eu mal havia beijado na boca. Tinha várias paixões e subsequentes desilusões intensas. E eu não entendia como a Mônica podia olhar pro Eduardo - que tinha 16 - porque na verdade eu morria de ciúmes, achando que eram tipos como a safada da Mônica que não deixavam o Eduardo que só tinha 16 olhar para as meninas de 13, como eu. Ou seja, queria me convencer que a Mônica era uma retardada, fazendo medicina e dando confiança pro pirralho que podia ser da minha turma no cursinho de inglês. Com o passar do tempo fui me acostumando com a ideia de rapazes fascinados por garotas mais velhas e fui aprendendo a curtir a baladinha que era sobre muito mais do que só isso. 

Era a história bem humorada de um casal cheio de diferenças que ralou pra ficar junto. Não um casal que superou as diferenças, mas que aprendeu a viver com elas. Porque cada detalhe bizarro de um acrescentava algo inesperado ao outro, um novo ponto de vista, uma jeito diferente de viver, perspectivas diversas, fora de suas próprias curvas. E só assim, juntos e separados, eles seguraram legal a barra mais pesada que tiveram. Era difícil imaginar tanta diferença danto certo, mas hoje, às vésperas do dia dos namorados, a agência África, a O2 Filmes e a Vivo conseguiram fazer um filminho publicitário (dirigido por Nando Olival) só para o youtube, que respeitou a simplicidade da letra de Renato Russo e colocou na telinha as espectativas de toda uma geração. 


Eduardo e Mônica talvez já estejam separados, mas devem ser daqueles casais que continuam amigos de vida inteira. Se juntos ainda, talvez estejam comemorando suas Bodas de Prata. Não com festa pomposa - que seria a cara do Eduardo - mas com mais uma viagem. Não interessa o final. O legal é o durante, que fez parte da vida de muitos adolescentes, como eu.