sábado, 25 de dezembro de 2004

Feliz Natal

Só passei por aqui para deixar meu beijo e abraço a cada um de vocês. Que esse feriado seja muito, mas muito especial e deixe em nossas vidas um pouquinho da paz que merecemos. E ainda, que ele traga aos nossos corações toda força e poder necessários para que consigamos transformar nossos desejos em realidade.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2004

Tudo em Simas mesmo: pra família toda!

Acho que eu ainda estou sobre os efeitos do domingo. O dia hoje também foi memorável. Dia normal de trabalho, com toda a sua inerente complicação, mas os extras do dia foram bastante emocionantes. A primeira coisa foi interar-me de todos os pontos de vista possíveis sobre a festa de sexta. Claro que uma festa não é uma grande festa se não existirem os comentários sobre ela. Descobertas bem interessantes que não valem (ou não podem) serem publicadas, mas mesmo assim, tiveram seu papel.

Chegando perto da hora do almoço, Srta. Crisca entra na sala quase histérica: “A comida hoje é horrível!!!! Vamos almoçar fora!” Concentrada que estava em algumas tarefas, simplesmente acreditei nela e a turma do cafofo resolveu dar-se de presente um almoço no disputado Restaurante Siri do Galeão. Duas horinhas ótimas de folga saboreando um caprichado Risoto de Frutos do Mar que agradou bastante até mesmo quem não é assim tão fá de frutos do mar – eu!

Na volta telefonei pra minha mãe. Dalvinha sequer me esperou dizer o que eu queria (afinal fui em quem ligou) e me deu a notícia do ano: Vivi - Viviane Simas, minha irmã - tirou nota suficiente no ENEM para cursar Psicologia na Estácio com bolsa integral através do PROUNI do MEC! Eu nem acreditei... Sabem quando a notícia é tão boa que a gente tem medo de que esteja faltando um detalhe? Eu ainda perguntei, “Mãezinha, tem certeza? A bolsa é mesmo de 100%?” E não é que é mesmo! Olhei no site e ta lá o nome dela. Desculpem-me vocês mas estou feliz demais pra escrever certinho.... Ta quase falado eu sei, mas acho que não vou conseguir fazer de outra forma!

PARABÉNS, VI!!!!!! Estou muito feliz e orgulhosa, por você e de você!

domingo, 19 de dezembro de 2004

Não foi um domingo qualquer

Gosto de domingos. É sério, gosto muito de domingos. E hoje foi um domingo bem legal. Manhã calminha com café decente - coisa que não me permito há muito, mas muito, tempo. Como não achei nada interessante pra ver na TV, resolvi matar as saudades de meu neguinho: DVD no Djavan no aparelho, posição estratégica no sofá e valeu-me boas duas horas de bastante paz de espírito. Djavan tem esse poder sobre mim. Com uma bússola, ele acerta minhas direções. Me deixa disposta, feliz, mente aberta, com vontade de curtir um máximo de coisas legais que eu puder ao mesmo tempo. Principalmente depois de ouvir "Boa Noite". É a melhor canção do DVD por tudo. Principalmente neste domingo. Funcionou como um presságio - ou algo parecido:
"Fiquei mudo ao lhe conhecer...
O que vi foi demais, vazou
por toda selva do meu ser,
nada ficou intacto.
Na fronteira de um oásis,
meu coração em paz, se abalou:
É surpresa demais que trazes
'Inda bem que eu sou FLAMENGO!!!
Mesmo quando ele não vai bem,
algo me diz em rubro-negro
que o sofrimento leva além:
Não existe amor sem medo
Boa noite!"
É isso: depois de todo o sofrimento deste campeonato, 6 x 2 foi um bom descarrego. MENGOOOOOOOOO!

Bom, antes que eu seja chamada de egoísta, lá vai:
SANTOOOOOOOOOOOOOSSSSSSSSSSSS!!!!!!!!!!!! Em homenagem aos meus mais que queridos amigos da Baixada Santista que, a essa altura dos acontecimentos, já devem estar totalmente sem voz. Sem dúvida eles são as estrelas do dia. Muitos e muitos beijos pra vocês!

Assisti ao jogo entre Botafogo e Atlético Paranaense no shopping, onde fui almoçar. Aliás, matei minha fome de comida japonesa - muito bem matada, por sinal! Pra ser mais exata, na hora dos jogos eu estava no salão, fazendo as unhas. Típico, não? Bom, mas foi assim, ué. Os jogos acabaram quase ao mesmo tempo que a manicure e decidi terminar o domingo no cinema. Fui assistir "Dança Comigo?" e amei! É sabido que sou muito pouco exigente com relação à filmes. E sendo assim, "facim facim", uma razoável comédia romântica dificilmente será considerada ruim por esta crítica nada crítica. Pra aqueles que preferirem considerar que meu senso crítico é questionável, faço a seguinte pergunta: alguém conhece algum filme com a Susan Sarandon que seja ruim? Eu juro que não me lembro de nenhum. Algumas lágrimas discretas e eis-me aqui, concluindo o domingo numa lan-house onde um rapaz berra com o computador porque a sacerdotisa o está curando sem sua permissão. Vai entender....

Obs. 1: A formatação do post fica pra depois... Não consigo acertar cores nem grifar os nomes como de costume neste computador público e não faço a menor idéia do porquê. - DONE!

Obs. 2: A manhã djavaneada me fez lembrar de um dia bem legal, quando a Julinha (nem sei se ela se lembra disso) conseguiu colocar meu nome como assistente da produção do Multishow na lista da porta do lançamento do Songbook (2 volumes) do Djavan. Ai, ai... Beijão inter-oceânico pra você, Julia!

sábado, 18 de dezembro de 2004

E a festa rolou

A semana foi bastante corrida sem tempo pra pensar no que escrever decentemente. O que rolou de bom estes dias: a festa do jornal, ué! Canecão, 1900 pessoas. Roda de samba no início, discurso dos diretores, banda Sigilo e bateria da União da Ilha. Me acabei. É que eu não me acerto com as fotos aqui no blog e não estou afim de pagar por um flog sem imitações e, sendo assim, não dá mostrá-los as fotos da festança, mas acreditem em mim: foi muito bom. No fim das contas, me enchi de bom humor para enfrentar o que viria pela frente: mais uma sexta-feira de aventura ao chegar em casa na madrigada. Como estava com uma bolsinha linda, mas sem espaço pra nada, resolvi tirar do chaveiro apenas a chave da fechadura principal - uma questão de praticidade. Fui trabalhar pela manhã e iria direto pro Canecão após a reunião mensal que já seria na sede do jornal à tarde. Nada demais não fosse o fato da minha querida faxineira (querida mesmo) ter ido cumprir suas obrigações quinzenais para com a lesada que vos escreve. Finitas suas tarefas o que ela fez? Trancou a porta. Trancou mesmo, as duas fechaduras! E assim, uma da madrugada me encontro de pé no corredor, ainda ensopada de suor, pés doídos de tanto samba sobre um salto 10 e trancada do lado de fora de meu refúgio mais desejado. Por que mesmo eu não tinha trazido as duas chaves em vez de uma penas? Praticidade, ora! Resultado, refugiei-me no apartamento de Crisca Querida que não conseguiu parar de rir de mim por não sei quantos minutos. Somente às 13 horas de sábado consegui entrar em casa e terminar a aventura... São muitas emoções!




Voltando um pouco, na quinta-feira foi a cerimônia de colação de grau da turma "Cadê a Bomba do Saddam Hussein?", da qual faz parte justamente minha querida Crisca. Descobri por lá que ela é querida mesmo, não só por mim, mas por muita gente! Encontrei pessoas maravilhosas entre alunos, ex-alunos e professores. Foi uma noite bastante agradável - apesar do interminável, porém previsível discurso do Arlindo (quem mandou convidá-lo para Patrono?) Descobri ainda que Chico Dudu e Guilherme - membros do melhor SepcPol ever! - foram aprovados para o Mestrado de Ciências Políticas da UERJ. É isso rapazes: estou muito feliz e orgulhosa por vocês! Sempre mostrando que são bons em tudo o que fazem.

terça-feira, 14 de dezembro de 2004

Chocada mesmo!

Tinha até outras coisas pra escrever e compartilhar como de costume, mas assistir à reportagem-denúncia da queima – literal – de arquivos do governo na Base Aérea de Salvador acabou com grande parte da minha inspiração. Parece que o século XXI recusa-se a chegar ao Brasil. Enquanto diplomatas brasileiros se gastam e se desgastam na interminável batalha por uma cadeira no Conselho de Segurança, enquanto Pinochet é condenado no Chile, enquanto a sociedade modestamente discute a abertura dos arquivos da ditadura, marcamos passo ao nos deparar com essa cena louca. Os documentos queimados por si só já chocam. Mas o que me deixou verdadeiramente abalada foram os registros de 1989 e 1994. Um vereador que falava bem de Cuba e uma sindicalista, ambos fichados, suspeitos, dignos de observação - em suspeição. Outro dia falei de segurança. “É seguro manter um blog?” perguntei. Estou começando a duvidar. Quem garante que nós, ingênuos blogueiros, já não estamos fichados por espalhar devaneios aos quatro ventos? Não sou muito de dar ouvidos ou mesmo tolerar as mais diversas teorias conspiratórias que transcendem as mídias e se multiplicam pela web, mas confesso que estou assustada. Se os citados documentos forem falsos, perdemos a confiança (?!) na mídia; se forem verdadeiros, perdemos a confiança na democracia. Tem saída?

sexta-feira, 10 de dezembro de 2004

Segurança?

O que é segurança? “Me expliquem como se eu fosse uma criancinha de seis anos...”
Trava nas portas? Carro blindado? Guarda-costas? Polícia? Forças armadas?
Camisinha? Abstinência?
Família? Amigos?
Emprego? Estabilidade?
Tudo isso? Nada disso?
É seguro ficar em casa? Ler um romance? Cozinhar? Manter um blog?
Quero saber o quanto é seguro ser sincero, ser honesto, compartilhar.
Ficar sozinho é seguro? Relacionar-se? Trair? Romper? Esquecer?
Decidir é seguro? E decidir-se? Dormir? Pensar? Imaginar? Sonhar? E desejar?
Confirmar, só por segurança, é seguro? Ensaiar, pra dar segurança, é seguro? Esclarecer? Concordar? Discordar?
Quem é totalmente seguro? Quem está totalmente seguro? É necessário ser ou estar seguro? Para que ser ou estar seguro? Para quem? Por quem? Quando? Por quê?
Existe o amar com segurança? Existe o viver com segurança? Existe o tal porto seguro? Se existe, está aberto a todos?

Você está seguro disso?

quinta-feira, 9 de dezembro de 2004

Ontem e hoje

Prometo não ficar colocando letras de música o tempo todo, mas esta foi a última música que escutei ontem e a primeira ao acordar hoje pela manhã.... Sinal de quê?

Desenho de Giz
(João Bosco e Abel Silva)

Quem quer viver do amor
Mas não quer de suas marcas
Qualquer cicatriz
ilusão do amor não é risco na areia, desenho de giz
Eu sei o que vocês vão dizer
que a questão é querer, desejar, decidir
Aí diz o meu coração:
Que prazer tem bater se ela não vai ouvir?
Aí minha boca me diz:
Que prazer tem sorrir se ela não me sorri também?
Quem pode querer ser feliz se não for por um grande amor?

Eu sei o que vocês vão dizer
A questão é querer, desejar, decidir
Aí diz o meu coração:
que prazer tem bater se ela não vai ouvir?
Cantar? Mas me diga pra quê
E o que vou sonhar só querendo escapar à dor?
Quem pode querer ser feliz se não for por um amor?

terça-feira, 7 de dezembro de 2004

Maravilhas do Findi: Mr. Big e o Clube de Castores

Zapeando durante os comerciais da saga/siga de Maria do Carmo & Cia, encontrei o episódio de Sex & the City no qual Mr. Big se despede de Nova York. Ele é fantástico, lindo, charmoso, simpático e ainda atura todas as nóias da Carry (e tenho toda autoridade do mundo para falar de nóias!). Maravilhoso, não? Tudo bem, tietagem explícita de manhã cedo por um personagem de um dos seriados mais pops de todos os tempos não é bem o meu estilo, mas não resisti. No episódio de ontem ele colocou Moon River (em vinil) pra tonta da Carry escutar. Era a música preferida dos pais dele, e a pateta da Carry só soube dizer: “uau, que piegas!” Dá pra torcer por uma protagonista dessas? E ele ainda deixou uma passagem para ela... Babei....

Babei também quando voltei para ver o finzinho da novela e a cena era do Barão de Bonsucesso que habilmente conseguia fazer com que sua amada – D. Laura – se submetesse aos exames que irão diagnosticar, em breve, que ela está sofrendo do fatídico Mal de Alzheimer. Uma cena simples mas que deu um banho de romantismo e sensibilidade em todo o núcleo principal da estória, repleto dos clichês folhetinescos. Fim da novela e mais uma rodada no controle remoto. Estava passando Meia-Noite no Jardim do Bem e do Mal, Mas já estava pra lá do meio... Uma pena porque eu a-do-ro esse filme! Fui dormir.

Bom, chega de tv. Fazendo o update sobre o fim de semana, saiu quase tudo como o planejado. De inesperado, (é claro que eu tenho que me atrapalhar, não?) foi o fato de eu ter esquecido em casa o resumo do livro Le Colonel Chabert que eu deveria apresentar no curso de francês. Sem problemas, só tive que tentar gaguejar o menos possível. Claro que não funcionou bem assim (nunca gaguejei tanto na vida) e acho que deu pra enganar... Mas deu um nervosim!

Da Aliança Francesa, em Botafogo, para o Saara, no centro da Cidade. Esqueci completamente que já estamos em ritmo de compras de Natal. O lugar estava que era só cabeça para qualquer lado que eu olhava. Só consegui encontrar parte do kit de presentinhos que quero montar para o meu querido Inimigo Oculto. Não dava pra procurar mais, afinal ainda havia muito que fazer e eu ainda tinha a opção da Feira de S. Cristóvão no domingo (hoje vai ser a entrega dos presentes e amanhã já posso contar quem é meu querido Inimigo Oculto e o que ele ganhou, ok?).

Corri pra Tijuca. Almoço e salão (santa vaidade, Batman!) e após “enruivecer”, coloquei-me a caminho da Ilha do Governador, pro Encontro de Natal do DCC-01. Mais uma vez encontrei amigos mais que queridos e valiosos. Fui pra cozinha (pra variar, afinal o CC RJ Ilha do Governador sempre foi uma segunda casa pra mim) e, terminado o jantar, fui dormir na casa da Ana Paula e do Lúcio (com os quais também não falava há quase dez anos). Papo vai, papo vem, fomos dormir pra lá de 3 horas da manhã! Mas como valeu a pena. É muito bom poder reencontrar pessoas queridas, vê-las tão bem e saber que ainda temos muito assunto em comum. Acabei me rendendo ao gostinho de quero mais e voltei pro segundo dia do Encontro. Já mencionei que estava me sentindo em casa, mas no encerramento fui “adotada” de vez: saí do Encontro devidamente empossada como CC Honorária do CC RJ-Ilha do Governador. Foi realmente um grande presente de Natal e me sinto muito honrada por isso. E vamos trabalhar!

Terminei o domingo em casa após passar na Feira de S. Cristóvão e terminar meu Kit (e como adoro aquele lugar!) assistindo Harry Potter e a Pedra Filosofal e pronta, agora, pras emoções da semana....

sexta-feira, 3 de dezembro de 2004

Ipanema, 2 de dezembro de 2004

Ontem foi dia de festa. Como sabem bem os mais próximos, não sou chegada a noitadas durante a semana, primeiro, por ter encaretado demais nos últimos anos e, segundo, por estar me sentindo uma velha sem forças (inclusive já falei disso bem lá atrás...). Bom, o fato é que fui convidada para uma festa de aniversário e resolvi aventurar-me na noite de quinta-feira em Ipanema. A disposição apareceu (eram quase 21:30 quando entramos, Silvete e eu, no metrô – só com muita disposição mesmo) e, definitivamente, valeu muito a pena. Foi uma festa e tanto. O espaço era perfeito, com comidinhas e bebidas fartas e música boa pra dançar. Adorei exorcizar a fadiga das duas últimas semanas dançando ininterruptamente. Me fez bem. De verdade mesmo, fez mais bem pro corpo do que pra alma porque no fundo, bem lá no fundo, fiquei com a sensação de que estava faltando alguma coisa. E não me arrisco a expressar qualquer coisa a respeito dessa sensação de falta de forma a não torná-la verdade. O que isso quer dizer, não sei. Não vou me preocupar com isso agora.

O fim de semana vai ser agitado. Aula de francês pela manhã, Saara e Feira de São Cristóvão à tarde (para comprar os presentinhos de meu querido Inimigo Oculto) e Encontro de Natal do Clube de Castores à noitinha, na Ilha. Muita coisa pra fazer e pouco tempo pra pensar em sensações inultilmente insistentes (não consegui tirar isso da minha cabeça o dia inteiro).

Outra coisa que não me saiu da cabeça:
"Se por acaso morrer do coração, é sinal que amei demais,
Mas, enquanto estou viva e cheia de graça, talvez ainda faça um monte de gente feliz." (Rita e Roberto)

Contraditório, não?....

quinta-feira, 2 de dezembro de 2004

Clube da esquina

Ontem consegui chegar em casa a tempo de assistir ao finalzinho do Conversa Afinada com o Lô Borges. Cada vez que o vejo mais me impressiona a sua simplicidade, seja no seu jeito de falar ou nas suas composições. Há alguns meses eu estava sugerindo músicas pro meu amigo Mombaça Coisa Preta Mais Querida incluir em seu repertório (pretenciosa, não?). Não lembro de quem foi a idéia, mas dentre muitas viagens loucas que fizemos, surgiu Sonho Real. Acho que esta música estava escondida em cantinho obscuro de minha mente porém, à sua simples menção, várias imagens pularam à minha frente me fazendo revivê-las desde então: pessoas, momentos, lugares, sensações, cheiros e outras músicas. E essa canção representa exatamente a simplicidade a que me refiro. Sentimentos do mundo, expressados de uma forma genialmente simples que não pede erudição alguma para entendê-la. Apenas as próprias experiências de quem a escuta.

SONHO REAL

(Lô Borges/Ronaldo Bastos)

A primeira vista
A paixão não tem defesa
Tem de ser um grande artista
Pra querer se segurar
Faz tremer a perna
Faz a bela virar fera
Quando alguém que a gente espera
Quer se chegar

Só de pensar
Já me faz mais feliz
Nem bem o amor começa
Eu já quero bis
Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Ilusão tão boa
Quanto o astral de uma pessoa
Chega junto, roça a pele
E já quer se enroscar
Lê seu pensamento
Paralisa seu momento
Ao se encostar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins
Chega e instala a beleza
No mesmo momento. . .

Vem andar comigo
Numa beira de estrada
Desse lado ensolarado
Que eu achei pra caminhar
Vem meu anjo torto
Abusar do meu conforto
Ser meu bem em cada porto
Que eu ancorar

Felicidade pode estar pelo sim
Às vezes do teu lado
Tem alguém afins
Chega e instala a beleza
Momento de sonho real...


Precisa falar mais? Fiquei tentada a destacar meus versos preferidos, mas deixa pra lá.....

segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Aproveitando o intervalo forçado

Meu computador não está colaborando... Enquanto o rapaz do suporte tenta trazer meu dia de volta à normalidade, aproveito para deixar algumas linhas no meu querido diário através do computador vago de meu colega de férias. O desânimo está tomando conta de mim. São tantas coisas pra fazer em tão pouco tempo (sempre me lembro do Willy Wonca....) que parece que não adianta nem começar nenhuma das tantas tarefas acumuladas. Estou literalmente apagando incêndios. Na última semana (e me parece que nessa também) eu não consegui realizar nada do que estava planejado. O pior é que eu não posso extender meu horário de trabalho por conta do transporte da empresa (e não me aventuro a atravessar a Linha Vermelha sozinha). Vamos ver se o nhoque do almoço me anima.

O fim de semana foi bem legal. Fomos (Sandrinha, Cláudia, eu e Silvete) ao Clã Café no Cosme Velho. Eu adoro aquele lugar e, no sábado, foi o programa perfeito. Depois demos uma passadinha na Lagoa pra ver a nova Árvore aliás, maravilhosa como sempre.

Obs.: desisti da foto..... toda hora fica indisponível.... :o(

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Não é a mamãe!

Simples: porque hoje é dia do meu pai! Meu e de Vivi, claro! Paizinho hoje faz cinqüenta e.... Bom melhor melhor deixar pra lá! De uns tempos pra cá ele tem ficado tão vaidoso que é melhor não falar em idade. Eu sempre fui fascinada e apaixonada pelo meu pai. Me lembro que eu esperava por ele sentada no muro de nossa casa em São João. Não era difícil reconhecê-lo, eu conhecia muito bem o seu jeito de andar e vestir-se. Hoje, não consigo me lembrar de vê-lo chegar em casa mau-humorado. Estava sempre com um sorriso caloroso no rosto (e alguma gulodice nos bolsos para as pimpolhas insaciáveis). E foi sempre um pai presente, carinhoso e amigo. Junto com Dalvinha, Seu Otávio sempre foi meu melhor exemplo de vida e minha principal fonte de inspiração. Espero não decepcioná-los.

Pai:
Que o seu dia seja excelente.
Que você nunca se esqueça dos seus sonhos e que eu possa estar por perto para te ajudar a realizá-los.
E que você seja sempre esta pessoa incrível e este pai maravilhoso que tem sido nesses tantos anos.
Te amo muito!



Só pra registrar, meu caro amigo Wlad (o meu, o seu, o nosso Véio Zuza) está oficialmente de férias. Isto significa que esta tecnoburocrata que vos escreve está oficialmente encrencada. Por três semanas, é bem provável que os senhores e senhoras freqüentadores deste humilde espaço não encontrem aqui nada com algum sentido lógico. Peço ainda, encarecidamente, que, caso sintam falta de mim, que dêem uma olhada por entre as pilhas de papéis que se multiplicarão pelo nosso simpático cafofo. Bom, dá pra perceber que não posso me estender...... Fui!

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Qui nem Jiló

Falei de saudade ontem. Algo me impele a falar de saudade novamente. Perdoem-me. Estou sendo repetitiva confessa. Mas isso se deve ao fato dessa palavra estar se repetindo intensamente em meu cotidiano esses últimos dias. Eu estou mesmo com uma sensação de saudade indefinida e infinita de algo. Já sou saudosista de natureza. Minhas músicas, filmes e afins preferidos, são todos bastante antigos. Velhos mesmo eu diria. Ainda por cima, tenho falado muito com pessoas que não vejo há muito tempo. E a saudade aumenta. Sinto cheiro que me remetem ao passado. Ouço músicas me fazem recordar a adolescência e de coisas que eu nem lembrava que existiram algum dia. Muito estranho. Será que estou fadada a viver do passado? Estou presa a ontem? Será que quando dizemos que a vida dá voltas, nos referimos ao fato da vida acontecer em ciclos e não exatamente de reviravoltas doidas e inesperadas? Algum analista na platéia? Se for para diagnosticar que essa atitude é típica de quem quer evitar olhar pro futuro, que continue quieto! Não é fuga. É apenas uma sensação de bem estar. De conforto. Sei lá..... Não sei se é bom ou ruim. Mas vou ficar quietinha, quietinha, quietinha.... Cantando Gonzagão (das antigas, como já disse....):

"Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce aí, é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar"
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

Pausa na quietude pra lamentar a saída do Lessa do BNDES. Não gostei nem um pouco. O governo está cada vez mais estranho. Muito estranho aliás. Eu acreditava que a esquerda no poder não iria fazer nada realmente de esquerda, mas assim já está demais, não? Que o FHC priorizasse o econômico em detrimento do social, era previsível, ainda que não aceitável. Agora, que o Lula faça isso também, e não é só um pouquinho, é muito estranho. Bom cada vez mais, menos eu me surpreendo. E a sensação de impotência só aumenta.

Já que é sexta-feira, permitam-me expressar meu total descontentamento com os ASPONES. O programa é legal, mas precisava ressuscitar o Oswaldo Montenegro na mídia só pra dramatizar a chatice do personagem? Santa implicância, Batman!

“Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.”
(Oswaldo Montenegro)

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Pensamentos multifacetados

Tá nO Globo: Brasileiros batem marca de 14 horas mensais de navegação na Internet. Segundo a reportagem, somos superados apenas pelos japoneses que ficam 15 horas e meia na internet. Se pararmos para fazer as contas, são 30 minutos por dia. Eu ainda não concluí se isso é muito ou é pouco. Quem tem banda larga fica mais tempo na rede, pouca coisa, e tende a freqüentar mais sites de comércio eletrônico e finanças do que os demais usuários, ainda segundo o estudo no qual se baseia a reportagem. O que mais me chamou a atenção no entanto, foi uma notinha despretensiosa no final: “sites de conteúdo audiovisual de portais como Terra, Globo e UOL estão bem posicionados, com mais de 80% dos visitantes em banda larga”. Se estes acessos são espontâneos, é sinal de que o território livre da internet acabou por se “corporativar”, ou seja, as pessoas continuam absorvendo apenas as informações que vêm dos grandes conglomerados de mídia, ignorando outras fontes de informação, outras formas de passar uma mesma informação. Lamentável, porque desta forma não há questionamento ou contestação. Não há formação de pensamento crítico. Animemo-nos! Existe uma outra hipótese: lembremos que estes “sites de conteúdo audiovisual” são também, nada mais, nada menos que os mais populares provedores de acesso de baixo custo do mercado. Sendo assim, tais acessos não são espontâneos e, não necessariamente, as pessoas absorvem automaticamente o conteúdo por eles disponibilizado. O alto número de acessos deve-se, principalmente, à obrigatoriedade à que os assinantes se submetem de iniciar a navegação por uma destas páginas, afinal tá configurado assim, né? Ufa, nem tudo está perdido!

Ainda sobre internet, fica aqui uma indicação: o site Quatrocantos.com mantém uma lista de artigos sobre verdades, meias verdades, lendas, mitos e pulhas na internet, sejam elas divulgadas na própria web ou aquelas que adoram entulhar nossas caixas de e-mail (aquelas dúzias de e-mails sobre substâncias perigosas, autores famosos de textos duvidosos e os últimos e superpoderosos vírus que nem a Microsoft conseguiu evitar). O Quatrocantos.com não faz exatamente investigações. Apenas mantém suas portas abertas à lógica. Vale a pena.

E hoje me deu uma saudade infinita de alguma coisa.... Conseqüentemente lembrei de Vinícius.

Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
Porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

(Vinícius de Moraes)

Atualizações

Sábado, dia 13 de novembro (eu sei que já passou, mas não deu pra escrever antes...) foi dedicado ao McDia Feliz. E as garotas superpoderosas foram devidamente acompanhadas de dois galãs de novela (não me perguntem os nomes). Fora a tietagem, o dia foi bastante produtivo e divertido. Aprendi a fazer cachorrinhos de bolas (aquelas compriiiiidas que enrola daqui e estica dali, ficam do jeito que queremos - ou queríamos, errrr....)




Acabei de ler o Código Da Vinci na sexta-feira à noite. Foram cinco dias de aventuras por Paris e Londres. O livro é realmente magnetizante. Um romance muito bom. E o melhor é que teremos Tom Hanks na telona na pele de Robert Langdon! Ou seja, como me conheço bem, nova contagem regressiva até o lançamento. Santa ansiedade, Batman!

Pela primeira vez em 3 décadas fiquei com vergonha de ser flamenguista. Pelo time e pela torcida... Não sei o que é pior...

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Minha varanda comercial!



Esta é a vista oferecida de graça a quem visita as instalações do Parque Gráfico da Infoglobo em lindos dias de primavera. Podem falar: é ou não é uma benção? A câmera não é lá grande coisa mas, com um pouquinho de boa vontade (e bons óculos, claro), dá pra reparar que nossa "varanda" vai até a Serra de Terê, com direito ao Dedo de Deus e tudo!
Morram de inveja!!!!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Me rendi, mea culpa

Eu olhava pra ele e ele olhava pra mim. Ele estava lá há algum tempo, quietinho, só esperando. Trombava nele de vez em quando mas, na maioria das vezes eu ainda conseguia evitá-lo. Confesso que foi difícil, muito difícil. Em nenhum momento se tratou de preconceito: era uma simples questão de auto-conhecimento. Eu tinha certeza de que não faria outra coisa enquanto não desse cabo da situação e, assim, resolvia adiá-la. Tem sido assim já há alguns meses. Acontece que terminei minhas leituras sobre a Guerra de Tróia (pra desconfundir depois de ter assistido Tróia mais uma vez, agora em DVD) e fiquei sem nada pra ler. Eis que ele apareceu, vermelho e reluzente na minha frente. Cheirinho de novo. Não resisti: rendi-me ao Código Da Vinci de Dan Brown. Comecei no domingo e já estou na metade do livro. Tudo indica que até segunda, dia 15, eu já tenha decifrado todos os códigos propostos por Dan para Sophie e Robert. Eu sabia que isso ia acontecer. Foi assim com Tolkien, toda a trilogia dO Anel mais O Hobbit, O Silmarillion e Os Contos Inacabados. Não sosseguei enquantei não os devorei sem piedade. Foi assim também com Harry Potter, só que este foi algo estranho, era uma coisa progressiva: a voracidade com que eu os lia crescia junto com o algarítimo que indicava o volume da aventura - A Ordem da Fenix formou-se em minha mente em menos de 5 dias). Eu não tenho jeito mesmo. Adoro estas estórias....

A propósito, domingo último estava na casa de meus pais. A Globo retransmitia Missão: Impossível 2 e eu vibrava com as peripécias de Ethan e Cia enquanto meu pai resmungava algo como "pelo amor de Deus, filha... assim eles abusam da minha paciência!!!!". Retruquei de cara (minha frase pronta preferida para os críticos de 007): "pôxa, pai, se quer ver realidade, espera pelo Jornal Nacional!". Será que eu sou muito deslumbrada? O que eu gosto, ou melhor, o que eu amo no cinema é justamente a "livre magia" daquela coisa toda. É imaginar o que vão inventar dessa vez. Aonde vai parar a imaginação dos cineatas. É curtir a música e os cenários. É viajar barato no barato dos outros. Pra mim é simples assim. É claro que eu sei que tem toda a questão do imperialismo cultural estadunidense, e blá-blá-blá, mas, caramba, Amélie Poulain e Adeus, Lênin estão muito bem na fita pra mostrar que outros países também sabem produzir filmes leves e legais, bem populares. Cinema é diversão antes de tudo! Custa ser menos crítico? Ou será que vão me responder: "Sua Mané, custa ser menos alienada?"

terça-feira, 9 de novembro de 2004

Até quando...

A comoção, como então
Uma sensação de impotência
Sem certeza da ciência
Necessária ao coração.

Tudo é farto, fácil e hábil
Exceto a certa certeza
Comum e sem beleza
Da vida insossa e dócil

Quanto tempo é necessário
Para parar o canto raro
E viver sem medo e sem razão

Porque é mulher, que encanta e enlaça,
Aquela que gira e ultrapassa
Com força e sem gratidão.

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Meleca!

Nova onde de paranóia para emagrecer..... O triste é que eu nem tenho condições de entrar para uma academia agora de tão dura que estou. O pior é que eu sei que, se eu não aproveitar essa nova temporada paranóica, aí mesmo é que os aparelhos não me verão nem tão cedo. Que vergonha! Uma mulher feita dessas com preguiça! Eu sei, eu sei, eu sei, me falo isso todos os dias.... Sei exatamente o que tenho que fazer para ficar de bem comigo mesma e com o meu corpo, mas é tão... como vou dizer, errr, sei lá, uma droga, sabem? Nessas horas eu queria morar na Lagoa. Digamos que este seja meu grande sonho, aquele quase inatingível, que todos nós permitimos sonhar mas sabemos que a possibilidade dele se tornar realidade é remotíssima. Pois é. Hoje é um daqueles dias em que eu digo pra mim mesma: "é, Cláudia, podia não ser na Lagoa, mas se você fosse um mais controlada com sua grana, você poderia estar bem mais perto da praia. Sua anta!" Sim, porque a praia já adiantaria, não pela praia em si, mas pelo clima praiano. Sair para andar de bicicleta, vento fresco no rosto, gente bonita em volta. Quem sabe até esticar até a Lagoa e encontrar as capivaras? Na zona norte não dá pra andar de bicicleta. Primeiro porque faltaria charme, segundo porque o risco de ser atropelada é imensamente maior e terceiro porque eu ficaria com pulmões cheios de gás carbônico! Só resta recorrer às academias, voltando, assim, à melancolia inicial... "Ó vida, ó tudo...."

E não é o Bush se reelegeu? Vai entender?

Gente! No orkut me disseram que sou parecida com a Susan Sarandon e com a Marieta Severo!!!! Que bárbaro! Amei a brincadeira, não que eu me ache mesmo parecida com alguma delas, mas porque eu adoro as duas e seus trabalhos. Isso sem falar que, perto da Marieta, quer dizer perto do Chico! Céus... Só de pensar, o coração acelera! Ooops, omostrei demais meu lado tiete de ser! Fui!

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

E Assim


Ação e reação
Por controle ou coerência
Por questão ou preferência
Dor e força, ontem e amanhã

O ocre
O odor
O fedor

A fumaça que passa
Embaça e abraça
Aquela coisa que volta
Vida, vento e flauta

Sem tempo
Sem jeito
Sem beijo

Pesadelo apenas
Rebeldia e oração
Covardia e submissão
Paralelo turbilhão

Pra lá de Maricá

Êta semaninha agitada essa, hein! Deputado incorpora na Câmara, jogador morre em campo, mais eleições e trabalho para caramba (acima da média) e muito pouca disposição. Conclusão: acabei fazendo mais travessuras: me deixei seqüestrar e fui parar em Maricá às 4:30 de sábado (bom, não foi bem assim, mas contar desse jeito faz parecer muuuuuito mais divertido!). Crisca chegou perto das 3 da tarde de sábado com o almoço: um peixe enorme e muitas lulas. Mas eram muitas lulas mesmo. Eu nunca havia visto tantas numa só vez – nem no mercado (até porque, como não sou fã de frutos do mar, dificilmente alguém vai me encontrar na seção de pescados do supermercado). Demoramos algumas 5, ou talvez 6, horas preparando o almoço, ou melhor, a comida. Mas como valeu a pena! Primeiro porque o processo em si foi bastante prazeroso. D’Arc, Crisca e eu, juntas e cozinhando – enquanto o Alexandre dormia no quarto (com dor de cabeça) e o Fernando dormia no sofá – era uma verdadeira comédia. Segundo porque a comida ficou deliciosa (a despeito excesso de pimenta no arroz de lula e da ausência de sal no peixe assado!). E terceiro porque a cerveja estava muito bem servida, é claro! Nem foi muita farra assim. Acabei com os ouvidos de todos me esgoelando no videokê e fomos dormir relativamente cedo. No sábado, reinventamos a lula e o peixe e voltamos no meio da tarde para Niterói porque nosso anfitrião precisava cumprir seu dever cívico junto ao seu Godô.

segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Idioma como Hobbie?

Quem me conhece sabe que estou terminando o curso de Francês e, dando tudo certo, inicio os estudos de Alemão no próximo semestre. Isso não significa realmente que falo bem o Francês. Consigo entender os noticiários da TV5 mas ainda falta muito para conseguir acompanhar os filmes (mesmo legendados como acontece com o Inglês). Meu Inglês, aliás, não é fluente: é suficiente. Fuinciona, mas precisa melhorar muito. O estudo de idiomas talvez tenha se tornado um hobbie para mim. Eu curto mais entender expressões, culturas e gírias, aprender a apreciar filmes e músicas através do idioma do que a estrutura linguística em si. E isso inclui o Português. Estou aguardando para assistir Língua – Vidas em Português, por exemplo. Adoro a língua Portuguesa e procuro respeitá-la sempre. Falando nisso, o tal do Internetês está quase insuportável! Até um tempo atrás, as abreviações faziam sentido mas agora, eu creio que a situação está abusiva. Que a lógica é a fonética, ótimo; que tem que ser rápida para simular uma conversa tête-à-tête, ok. Mas euzinha aqui, continuo achando abusivo. O pior é que, sem perceber, as pessoas acostumam-se a escrever assim e e-mails corporativos, por exemplo, tem aparecem recheados de partículas como vc, td, nd, pq e d+!

Continando, após o Alemão, eu pretendo estudar Italiano. Sempre desejei aprender Italiano, mas o senso prático me impeliu a colocá-lo um pouco mais atrás na lista de prioridades. Aliás, estava zapeando no sábado à noite e esbarrei com o calvo Bruce Willis tocando harmônica no RAI. À propósito, o acompanhava uma orquestra maneiríssima cujo percussionista devia ser brasileiro (porque ostentava uma relativamente grande bandeira brasileira sobre um de seus instrumentos). Esse tal de povo brasileiro não sossega mesmo, né? Está em todo o canto!


Em tempo: qual a graça das rinhas de galo? Ou melhor, das rinhas de qualquer coisa! Em pleno século XXI, o ser humano ainda coloca animais pra brigar. Cães, galos, canários.... Coisa sem graça! Por que isso? Evolução já galera! Vamos arrumar algo produtivo pra compensar essa testoterona acumulada!

Pra não perder o costume, deixo aqui meu beijo pra Vivi – Viviane Simas – queridíssima irmã que ficou mais velha ontem! Te amo muito, viu?

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

De volta ao começo

A primavera não é mais a mesma. Que friozinho chato! Acho que Julinha em Londres deve estar mais confortável que a carioca aqui. O pior é que o pequeno pedaço de céu que me cabe e ausência de vento (e suas variações) no vão entre os prédios para os quais minha janela se abre não me permitem sequer decidir com um pouco mais de presteza se eu devo ou não trazer um casaco. Creio que se eu criasse o hábito de dar um passeio básico pela manhã (pelo menos até a padaria) eu resolveria este problema, mas minha cama quentinha não é o estimulante mais adequado. Resta-me agora ficar quietinha dentro do escritório sem arriscar-me gelar meu nariz no ventinho gelado que vem da Baía.

Mes chers amis d'Aliance: Moi, Bruna, Daniel , Fernando e Dayanna - foto de 19/10/04.


O Multishow mostrou ontem um especial com o Rock Brasileiro dos Anos 80. Estavam no programa o Léo Jaime, Arnaldo Brandão, Leoni e George Israel. A melhor parte sem dúvida eram os ciples. Céus! O que era aquilo? Quem, em sã consciência podia curtir tais aberrações e, pior, ainda pagar para ouví-las em play-back? "O pior é que eu góstio!" - responde Cacau, jovem de 13 anos, moradora de São João de Meriti e estudante ginasial do Colégio Santa Maria, nos idos de 86. Nossa memória é uma coisa (não sei que outra palavra usar) interessante, não é? Basta um acorde, um cheiro, uma palavra e você volta no tempo instantaneamente. No decorrer do programa de ontem, viajei muito estirada em meu sofá. Revivi paixões (e como me apaixonei!) e revisitei lugares e pessoas. Pena que o "Rock errou" e "sumiu, desapareceu, escafedeu-se". Agora ele está diferente. Menos punk, mais pop, porém sobrevive a poesia.

"Às vezes parecia que, de tanto acreditar
em tudo o que achávamos tão certo,
teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
faríamos floresta do deserto
e diamantes de pedaço de vidro.
Mas percebo aogra que o teu sorriso vem diferente,
quase parecendo te ferir....
Não queria te ver assim!
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
e de nada vale fugir e não sentir mais nada."
(Renato Russo)

domingo, 17 de outubro de 2004

São tantas emoções...

É isso aí. Estou postando da casa de meus pais, como planejado. Meu sobrinho Lucas está do meu lado, olhando atentamente o que estou fazendo. Curioooooso! Na verdade, ele quer mesmo é saber quando eu vou terminar para que ele possa voltar a jogar na internet. Tudo bem. Ele pode ficar por aqui. Não me incomodo nem um pouco.

Ontem consegui matar saudades de velhos e grandes amigos. Fiz uma visita (surpresa até mesmo para mim) às Olimpíadas Castorísticas do DC-01 e DC-11 (uma das convenções anuais do Clube de Castores – maiores detalhes em http://castores.com.br). Cheguei meio de mansinho, óculos escuros, sem ter certeza de quem eu encontraria. Isso porque eu fiquei afastada do movimento por dez anos. Os rostos eram, claro, completamente novos e cheguei a pensar em voltar no mesmo passo. Decidi perguntar se havia alguém das antigas e não é que tinha: Carlos André, ou melhor Grande Berrézinho, foi o primeiro. Quase em seguida chegaram Cida e (que levou o filhote). Juntou-se a nós o onipresente Lionel e formamos a mesa-museu do evento. Foi um almoço (uma ma-ra-vi-lho-sa feijoada) realmente memorável. Faço aqui minha referência ao cartão de crédito: Não tem preço! Fiquei infinitamente feliz com esse reencontro. Ainda conheci pessoas muito legais, principalmente através da Tatinha que, quando deixei o movimento era apenas uma promissora caloura e tornou-se líder e referência para toda essa nova geração. Foi um sábado e tanto! Já estou contando os dias para Dezembro.



Hoje tive que ir ao escritório acertar umas pendências e tentar a pilha de papéis que me isola do mundo. Quase consegui, mas elas (as pilhas de papéis) são resistentes. A briga está feiíssima, mas eu sou persistente (viu só, Sérgio?) e irei – impiedosamente – acabar com elas (antes que elas acabem comigo).

Uma boa semana pra todo mundo!

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

A propósito


Do Blog Algo a dizer..., da Nathalie, que anda meio down ultimamente, mas que tem imagens lindas!

Pertinho de Afrodite

Tinha combinado de sair com um amigo pra jantar ontem. Não estávamos afim de churrasco ou comida italiana. Queríamos algo diferente. O problema é que eu entro em pânico quando alguém me diz que quer fazer algo diferente e acrescenta: "o que você sugere?". Caramba! Eu sou taurina. Além de teimosa, eu tenho verdadeira adversidade a novidades e, conseqüentemente, coisas diferentes. Tãopouco sou criativa. Sou ótima executadora, mais nadinha "inventora". Ok, o estrago estava feito. O que fazer de diferente? Pouco antes de ligar pra cancelar o combinado, lembrei-me de ter adquirido um Guia de Restaurantes (a propósito, deixe-me aproveitar para uma propagandazinha: um produto Infoglobo para assinantes) e fui ver se pintava alguma idéia. E não é que rolou! Fui em "Exóticos" (mais diferente, impossível, hein?) e achei Afrodite Tis Milo, restaurante grego em Botafogo. Resultado: adoramos! Nada de sofisticação. Um lugarzinho bem simples, de paredes brancas e ornamentos azuis (bem grego, por sinal). Antony, o proprietário eu acho, é uma simpatia e nos deu a maior atenção. Optamos por um rodízio e acabamos provando boa parte do cardápio. Nunca comi tanto pimentão e tanto alho em minha vida! Os temperos são bem diferentes e bastante saborosos. Fica aqui a indicação.

Expectativas para o fim de semana: cours de Français dans la matin, matar saudades de velhos amigos do Clube de Castores à tarde e chopp de praxe à noite. Domingo com mamãe e papai (estou morrendo de saudades). Até!

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Muuuuuuuito Trabalho

Tem sido muito difícil escrever.... E eu até tinha um monte de coisa pra falar, mas esse negócio de estar sem computador em casa às vezes é um grande atraso. Passou o feriado e em vez de escrever, comi. E como comi. Engordei mais de 3 quilos. Agora resta o peso no corpitcho e na consciência.

Nessa entre-safra forçada passou o aniversário do João, ou Gurgel como tantas pessoas estão acostumadas a chamá-lo. Quatro de outubro – dia de São Francisco de Assis. Não consegui fazer aqui nenhuma referência ao seu aniversário mas pelo menos consegui falar com ele antes que ele virasse ostra. Bom, mesmo que um pouco atrasado, que fique registrado nos anais do pedaço de cyberespaço que me é cabível o quanto lhe quero bem e como ele foi, é e sempre será extremamente importante em minha vida.

No mesmo dia quatro os cariocas foram informados que o plano anti-Crivela funcionou perfeitamente e não teremos a sombra universal de um segundo turno sobre nossas cabeças. Tá. Mais quatro de C. Maia não devem ser tão ruins assim. Parabéns a ele que virou fenômeno graças ao medo de pouco mais de 50% dos cariocas. Eu ficaria mais feliz se percebesse que era isso que a população queria, que ela estava convicta de vai ser bom e que queria que ele ficasse, mas não é.... É medo. Acho que o Rio está se transformando na cidade do medo, diferentemente do que publicou o The Sun ontem. Medo em vários sentidos, com ou sem sentido. Uma pena. Uma grande pena.

Me tocou neste fim de semana:
“ – You never know, lightning could strike. Love is passion, obsession, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived.”

“ – So take that nice picture you got in your head home with you, but don't be fooled. We lonely here mostly too. If we lucky, maybe, we got some nice pictures to take with us.
– You got enough nice pictures?”


Trechos do filme Encontro Marcado (Meet Joe Black). Agora ele também faz parte da minha desprentenciosa coleção. Me tocou porque porque acho que já tive tudo isso um dia e, displicentemente, deixei acabar. Me angustia e deprime porque não sei se consigo recuperar e tampouco estou certo se terei outra chance de outra forma. Mas sim, eu já posso dizer que tenho boas lembranças para levar quando chegar a hora. Só me resta tentar ser como Bill Parrish, acordar e ser capaz pensar: "eu não quero mais nada”.

segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Nada de novo

Neste fim de semana eu não li jornal e tampouco assisti TV. Ou seja, estou completamente sem assunto.... Sei que aconteceu uma mais briga na noite da cidade. Foi sexta-feira numa pizzaria em Laranjeiras, a mesma na qual comemoramos o aniversário da Dricazinha (mencionado no post de quinta-feira). Uma pena, porque o lugar é super aconchegante, muito família, bem legal. Após as 23 horas eles abrem uma pista de dança pra quem quer curtir um pouco de música eletrônica, mas continuam a servir do lado externo normal e calmamente. Eu sinceramente não compreendo o que passa pela mente dessas pessoas que saem apenas para arrumar briga. Um cara olha pra cara do outro e diz “não vai passar porque não fui com a sua cara”. Já vi isso acontecer. É estúpido assim mesmo. Babaquice pura e, infelizmente, aplicada. Espero que a Hideway sobreviva a esse golpe baixo e que possamos curtí-la mais vezes.

Hoje é dia de homenagear Carlinha medina. Minha ex-teacher preferida, querida e amadíssima. Uma pessoa admirável, mais forte do que ela mesma imagina, linda, inteligente e companheira. Quem a conhece sabe do que estou falando e, com certeza a ama tanto quanto eu.

Um grande aniversário e longa vida pra você, Carlinha!

“Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.” - Um sopro de vida

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Santa Fragilidade, Batman!

Acordei no domingo com fisgadas na perna. Melhor, as fisgadas me despertaram. Doía exatamente no alto da batata da perna. Estava me incomodando de verdade mas me parecia ser apenas câimbra. Tentei relaxar e alongar um pouco as pernas mas as tais fisgadas ainda voltavam de vez em quando. E assim ficamos, de domingo até ontem. De vez em quando uma dorzinha bem pontual e aguda. O problema é que ontem a dor aumentou e deixou de ser apenas a fisgada em si. Passou a doer com a pisada. Tudo bem. Consegui encaixe na agenda de um ortopedista e ele descobriu que uma forte câimbra noturna pode ter provocado uma lesão em minha panturrilha. Eu já havia mencionado a minha total falta de forma, mas isso já é demais, não é? Caramba, eu não fiz nada para me machucar além de me deitar para dormir! É isso. Agora tenho que ligar para o plano de saúde e pegar senha de autorização para 7 sessões de fisioterapia. Só comigo mesmo que acontecem tais coisas...

***

Não ganhei a mega-sena...

***

Bom, hoje é aniversário de Adriana “Dricazinha” Leiras, minha mega-super-hiper-querida-eterna-estagiária-e-engenheira-de-estimação. A pessoinha mais ciumenta que eu conheço na vida, mas também com um dos maiores corações que já encontrei. Sinto muito a sua falta no meu cotidiano mas sei que era imperativo que ela trocasse de área. Êta coisinha inteligente ‘sa menina! Fica aqui registrado todo o meu carinho por você, Dricazinha!

Keep smiling, keep shining
Knowing you can always count on me, for sure
That's what friends are for

For good times and bad times
I'll be on your side forever more
That's what friends are for
(Stevie Wonder)

terça-feira, 14 de setembro de 2004

O Papa e o Domingo, Olga, Daflon e o Curso de Francês

Deu no jornal: o Papa lamenta o fato de haver mais esportes do que religião aos domingos. De certa forma eu também. Não pela religião, porque eu acredito que quem acredita em alguma coisa, o faz em qualquer dia e hora, mas pela falta de opções que o domingo nos oferece. Podemos sair de casa e combinar uma praia, um passeio, um bate-papo, uma pizza, uma cerveja, mas vai sempre ter alguém do grupo que vai dizer que tem quer voltar cedo para casa ou mesmo vai pedir pra ligar a TV no bar. Para quê? Pra ver o emocionante Jaú x XV de Piracicaba (ou variações sobre o mesmo tema). Nada contra o futebol, só acho que muita audiência para pouco show. Foi-se o tempo em que valia pena acompanhar o campeonato inteiro. Uma pena.

***

Ontem mencionei a palestra motivacional que assisti aqui na empresa na última sexta-feira. Falou de sonhos, de águias e ostras, de vontade de trabalhar e como gostar de trabalhar. Também discorreu animadamente sobre família, amigos e uma grande seleção de valores que deveríamos considerar, repensar e aplicar ao nosso cotidiano. Ontem fui ao cinema assistir Olga (já não era tempo, não?). Sua insistência em ser capaz de mudar o mundo através das idéias e da luta armada, se necessário, acabaram por remeter-me de volta à palestra e também à aula do curso francês do último sábado. Falamos de Egalité, Fraternité, Liberté e Solidarité. Conversamos sobre como esses ideais – a princípio utópicos e distantes – podem ser atingidos e, considerando que são poucos os Prestes e Olgas da atualidade, devemos fazê-lo a partir de pequenas posturas e atitudes no nosso dia-a-dia. Agindo com honestidade, gentileza, responsabilidade, disposição e alegria de viver, entre outros. Tudo isso com muito respeito à vida, à coletividade e à individualidade. Se conseguirmos agir assim, será porque somos verdadeiramente iguais, fraternos e livres. Uma sociedade evoluída de fato, capaz de aprender com seus próprios erros. E então, solidariedade deixaria de ser uma atitude isoladamente necessária.

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Sobrevivi!

Pois é, muitas horas de sono depois, estou aqui de volta! A peça de teatro foi substituída por um bom bate-papo no Manoel e Joaquim e o churrasco de domingo foi abandonado por pura necessidade de ficar em casa, dormir um pouco mais e ajeitar a bagunça acumulada da semana (é isso que espera caro Ferno: morar sozinho tem dessas coisas! Claro que eu sei que sua disposição é infinitamente maior que a minha, mas domingos assim deverão passar a existir em sua vida alone).

E mais uma semana se inicia. A coisa não está muito animadora (muito trabalho para poucas oito horas de expediente, granadas na Conde de Bonfim, pivetes em frente ao Bob’s) mas algo me diz que com um pouquinho de jeito, tudo se acerta (exceto o medo da rua, claro) e terei muito sobre o que refletir neste espaço.

A propósito, na sexta à tardinha assisti à palestra do Daflon, sócio da Holográfica. Pessoa admirável, cheia de disposição (o que era de esperar considerando que a dissertação falava principalmente de motivação) e bastante simpático. Dentre as coisas que mais me marcaram, ressalto que temos que sonhar sempre (e o fato de sonharmos com coisas que, mesmo distantes, são geralmente atingíveis) e valores como respeito, amizade e compromisso, ultimamente quase esquecidos pela sociedade. Coisas que valem a pena parar pra pensar.

Sonhos são como deuses: quando não se acredita neles, deixam de existir. (Paulinho Moska)

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Estou mesmo ficando velha

Defitivamente preciso melhorar minha forma física. O chato é que eu não sei exatamente o que fazer. Não consigo curtir academia. Sei que depois de um tempo o corpo se habitua e a coisa fica mais fácil, mas eu a idéia de ficar correndo no mesmo lugar ouvindo Jovem Pan me desanima. Cheguei a comentar esse assunto com meu amigo Sérgio Requejo esta semana e agora o assunto volta à tona.

Bom, vamos objetivar. Esse desabafo deve-se em grande parte ao estrago que uma saída para dançar ontem fez ao meu corpitcho mal-acostumado. Estou um caco. Moída. Quando comecei a faculdade era fácil virar a noite acordada e ir direto trabalhar. Acho que envelheci. Tais aventuras parecem ser coisa de uma outra vida. O mais engraçado é que o horóscopo de hoje diz "Hoje você está com o maior gás. Aproveite para colocar o trabalho em dia e fazer tudo o que você tinha que fazer mas não fazia porque não estava tão seguro assim." Tenho que rir...

E ainda, só de pensar que o fim de semana vai ser agitado, ou melhor, muito agitado, eu já fico zonza. Curso de Francês, coquetel de inauguração do consultório da Michelle, tentativa de participar de mais uma aula de tango, teatro (Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual melhor a nossa no Teatro dos Grandes Atores) e a merecida cerveja além de um churrasco em São João. Se eu sobreviver, conto como foi!

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

As maravilhas da Internet

Eu fui me rendendo aos encantos da Internet muito devagar e gradualmente. Salas de chat, por exemplo, nunca me seduziram. Tampouco o ICQ (apesar de estar registrada) e similares. O que eu sempre gostei foi dos sites de busca. Virei "googlemaníaca" nada anônima. É recorrente que amigos e colegas de trabalho me perguntem como conseguir determinadas informações e eu acho isso um barato. No trabalho também uso e abuso da internet para localizar fornecedores e fichas técnicas de produtos.

Agora estou namorando o Orkut. É genial! A facilidade de acrescentar pessoas na lista de amigos – e o melhor é que nenhumas delas é virtual – é fantástica. São pessoas que, em algum momento, passaram pela minha vida, de fato, pessoalmente. Religiosamente eu faço o download dos contatos uma vez por semana apenas por temer que um dia tirem o site do ar e eu não consiga reunir os dados de todo mundo novamente.

Hoje o Orkut me proporcionou um encontro maravilhoso e, posso dizer de coração, não ganhei o dia simplesmente, ganhei a semana! Encontrei um amigo do coração que eu não via nem falava há bons dez anos. Eu nunca me perdoei por ter perdido o contato com algumas pessoas extremamente queridas porque sei que foi por pura displicência e sempre me perguntei se algum dia eu teria a chance de reencontrá-las. Eu estava fuxicando comunidades quando eu achei meu querido amigo. Bastou um scrapzinho dele e acho que nada mais vai me aborrecer por um mês!

É nessas horas que eu me convenço de que a gente não precisa de muita coisa para ser feliz. No meu caso: minha família, meus amigos, meus discos e meus livros!

Robson, pra você!

Caminhos do Coração
(Gonzaga Jr.)

Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis
E assim eu sou feliz

Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo
E um canto dormir e sonhar

Aprendi que se depende sempre
De tanta muita diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente
Onde quer que a gente vá
É tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho
Por mais que pense estar

É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão
Nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate
Bem mais forte o coração

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Sete de Setembro

O feriado começou preguiçoso (pra variar....) mas tinha que vir para Caxias ver Papai e Mamãe queridos. Tudo pronto (bolsa, roupas, livros e dvds), coloquei-me a caminho. Até então, tudo certo: a hora estava razoável, o dia estava lindo e o ônibus nem demorou! No caminho enfrentamos um curioso engarrafamento chegando à Leopoldina: carros e ônibus parados aguardando a passagem de vários carros da Polícia Rodoviária Federal seguidos de outros tantos carros da Guarda Municipal. É claro que eu me assutei. Demorei alguns minutos para descobrir que não havia nenhuma guerra na Linha Vermelha, Amarela ou na Brasil. Eram apenas as viaturas que voltavam do desfile de Sete de Setembro na Avenida Presidente Vargas. Mergulhei minha cara no livro (KING, Stephen. "O Corredor da Morte") envergonhada pela falta de fé na cidade e só levantei os olhos quando já estava passando pela Penha.

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Humor

Coisa estranha esse tal de humor, não é? Abri os olhos pela manhã e dei a tradicional olhadela pro relógio: "será que ele errou e me acordou mais cedo?" Claro que não. A hora está certinha, mas alguma coisa não combina. Os olhos insistem em se fechar. Eu sei que tenho que levantar, mas a cama nunca esteve tão aconchegante. Pensei comigo mesma, quase que automaticamente, que o dia fora dela com certeza não seria tão bom quanto aquele momento ali, tão quentinho, tão preguiçoso. Passou em minha mente a lista interminável de coisas pra fazer e toda a rotina e burocracia que me aguardavam nas próximas horas e meus olhos fecharam-se mais uma vez instintiva e teimosamente. Por que eu não podia ficar ali mais algumas horas? Ou mesmo o dia inteiro, afinal: ninguém me manda, não é mesmo, Silvete? Levantei-me a contra-gosto e fui pro banho. Todo o ritual matinal seguiu-se sem imprevistos e ainda me lembrei de trazer para o escritório umas coisinhas que nunca lembrava de trazer. Cool! Apenas no táxi - quase 15 minutos após ter saído de casa - foi que eu reparei no dia lindo que estava se rascunhando. Ao chegar ao Parque Gráfico (vulgo PG) percebi que estava completamente equivocada e que tinha sido muito injusta com meu julgamento inicial. Invadiram-me uma disposição inesperada e um bom-humor sincero. Definitivamente eu não sei explicar. Não sei se é o lugar, mas com certeza tem alguma a ver com as pessoas. Nada como uma manhã após a outra!

terça-feira, 31 de agosto de 2004

One more try

Não é a música de George Michael, mas uma nova tentativa de obrigar-me a escrever mais. Pela terceira vez em alguns poucos anos, rendo-me a tentação de compartilhar alguns pontos de vista - não que eu ache mesmo que alguém se interessaria particularmente pelo meu -e tentar timidamente aprimorar o raciocínio.

É isso aí....

Até!