domingo, 31 de julho de 2005
Não resisti....
Joana francesa
(Chico Buarque)
Tu ris, tu mens trop
Tu pleures, tu meurs trop
Tu as le tropique
Dans le sang et sur la peau
Geme de loucura e de torpor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda
Mata-me de rir
Fala-me de amor
Songes et mensonges
Sei de longe e sei de cor
Geme de prazer e de pavor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
Vem molhar meu colo
Vou te consolar
Vem, mulato mole
Dançar dans mes bras
Vem, moleque me dizer
Onde é que está
Ton soleil, ta braise
Quem me enfeitiçou
O mar, marée, bateau
Tu as le parfum
De la cachaça e de suor
Geme de preguiça e de calor
Já é madrugada
Acorda, acorda, acorda, acorda, acorda, acorda
D'accord, d'accord, d'accord, d'accord
1973 Para o filme Joana Francesa de Cacá Diegues:
"Cacá Diegues lhe encomendou uma canção para Jeanne Moreau, que faz uma dona de bordel. Quando Jeanne chegou de Paris, Chico foi lhe mostrar a música - morrendo de vergonha, conta, e se lembrando o tempo todo dela em Les amants, de Louis Malle, filme que assombrou os adolescentes de sua geração. A atriz adorou essa canção onde fundem palavras em português e francês e gravou-a no seu LP."
Por Humberto Werneck em Chico Buarque Letra e Música, Cia da Letras, 1989
Ai, ai.... "vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto, a maltratar meu coração."
Contagem Regressiva
sábado, 30 de julho de 2005
La Musa Soy Yo!
Eu fui!
E foi ótimo. Foi maravilhoso! Como previa foi um fim de semana de muitos reencontros e muitas emoções. Além dos membros da Confraria, reencontrei ainda: Alessandro e Jackie, Sandro, Fabiana, Queila, Carol, Chicão, Gustavo, João Marcos e Miriam, Lucio e Renata Xisto, Joaquim, Daniel, Luciano, Melzinho, Lucrezia, Maristela e Durval. Todos muito da antiga...
O coração bateu mais forte com esses aqui, Sérgio (figurinha frequente aqui no Tudo em Simas), Lúcio, Adriana e Ritinha. Nossa, não tenho nem palavras!
Tem também os não tão da antiga assim: Klenia de Inhumas; Tatinha, Marcio, Luiz e Teté de Barra do Piraí; Leandro, Nathalia e Luciane do meu Clube (CC RJ - Ilha do Governador). Registro muito especial para o meu Presidente, Pedro Henrique, premiado Castor Revelação da Associação Nacional de Clubes de Castores. Muitos parabéns para ele!
Agora fica uma nova saudade, menos amargurada, sem dúvidas ou medos do passado... Amei cada momento!
PS: Será que vem o CC RJ-Tijuca?
Contato!
quinta-feira, 21 de julho de 2005
Nós Construímos!
Em 1963 (muito antes de "voluntariado" tornar-se palavra corriqueira), o professor José Gilberto Ribeiro Ratto, percebendo a disposição de seus alunos e a necessidade de engajamento social juvenil junto à comunidade, estimulou a adesão de seus alunos no Colégio Stafford, em São Paulo, ao que ele denominou CAmpanhas STaffordianas ORganizadas. Começou despretensiosamente, com atividades humanitárias simples em um hospital perto o colégio. O sucesso da empreitada social e o interesse dos alunos em repetir o evento fez o professor decidir-se pelo estímulo à continuidade. O grupo foi apadrinhado pelo Lions Clube São Paulo – Jardim Paulista, do qual o Prof. Ratto fazia parte e, no ano seguinte, em convenção nacional, os Lions Clubes brasileiros oficializaram o movimento juvenil organizado que nós conhecemos como Clube de Castores.
Desde então, crianças e jovens brasileiros de 12 a 27 anos passaram a dedicar parte de seu tempo livre trabalhando em benefício da comunidade, atuando desinteressadamente em suas próprias vizinhanças. As campanhas acontecem muitas vezes em asilos, orfanatos, comunidades carentes, hospitais e escolas públicas. Trabalham também em campanhas pela cidadania e pela pátria, assim como contra o tabagismo, drogas, violência e evasão escolar. Jovens Castores participaram, por exemplo, de várias edições da Feira da Providência no Rio de Janeiro e, no ano passado, foram os encarregados pela administração do bazar beneficente de fim de ano promovido pelo programa Mais Você, da apresentadora Ana Maria Braga. Por traz de cada uma destas atividades, encontramos o desenvolvimento pleno de habilidades como planejamento, organização, liderança, negociação e muito bom senso. Além de tudo isso, e pra ficar melhor ainda, a convivência constante estimula a formação de laços de amizade que, ouso dizer, duram para sempre, à despeito da distância.
O brasileiro é um povo solidário? Sem dúvida! Mas na prática, em tempos em que o tempo é cada vez mais raro, é mais fácil dar dinheiro para alguma instituição que se disponha a fazer filantropia e dormir com a consciência tranqüila de que fizemos nossa parte. Quando a maioria esmagadora dos adolescentes está envolvida por suas próprias rotinas entre shoppings, games e internet, os sócios do Clube de Castores mantêm viva a solidariedade ativa. Aquela solidariedade que é preciso ter muita vontade, dando seu tempo e seu suor para fazer acontecer. É a solidariedade em sua forma mais simples – pura e aplicada – que só aqueles que têm coragem suficiente para abrir mão de algum interesse pessoal podem praticar.
Por que tudo isso hoje? Porque começou ontem a 34ª Convenção Nacional de Clubes de Castores. Ela acontece até domingo na cidade de Barra do Piraí, Rio de Janeiro, reunindo os sócios de todo o Brasil. Amanhã à noite estarei por lá. Tirando o chapéu para a garotada que mantém vivo e atuante o Movimento Castorístico no Brasil e matando as saudades de amigos muito, muito queridos. Sem dúvida, vai ser um fim de semana inesquecível.
Aos Castores, minha singela homenagem:
E vamos à luta
Eu acredito é na rapaziada
Aquele que sabe que é negro
quarta-feira, 20 de julho de 2005
Quer saber por quê?
Muito obrigada!
PS: Pri, obrigada pela inspiração...
segunda-feira, 18 de julho de 2005
Santa Pottermania, Batman!!!
Com licença, meus caros. Tenho um livro para devorar!
quarta-feira, 13 de julho de 2005
terça-feira, 12 de julho de 2005
Sem drama, mas....
Autor desconhecido
Pra relaxar
Ok! Ok! Podem me chamar de estressada. “Papo brabo”, como dizia meu antigo chefe. Então lá vai: putfile (vários videozinhos online).
Meus preferidos: (não necessariamente nessa ordem)
- fussbal (Amei! Maneiríssimo!)
- coats (Muito, muito, muito bom!)
- cute75
- yougotmedwmv (alguns são um tanto pesados, mas a maioria da pra ver....)
Valeu Menina Tathi pela dica!
segunda-feira, 11 de julho de 2005
Nossa AIDS Nacional
Pior do que a crise política, crise econômica, crise da segurança pública, crise da educação, crise da saúde e sabe-se lá mais quantas outras, é crise da credibilidade, a crise da banalização. A crise que é conseqüência da falta de fé em nosso país, da perda da esperança de que um dia vamos ser um país decente, justo para todos, de que um dia vamos ser respeitados como povo, como eleitores, como seres humanos antes de qualquer outra coisa. Estamos tão acostumados com nossas tragédias cotidianas que não nos assustamos mais com tiroteios, não nos chocamos mais com políticos corruptos e greves em escolas, hospitais ou outros serviços públicos já fazem parte do nosso calendário anual. É como se estivéssemos adoecendo aos poucos, como se estivéssemos com AIDS, a doença impediedosa, que desaparece com as nossas defesas. Sobrevivemos graças à sedativos. Nossa morfina é a banalização, nossa anestesia é o nosso próprio bom humor, em grandes doses, que satiriza qualquer situação e anestesia essa angústia cortante que cresce a cada noticiário. Até quando? Até acharmos a vacina, espero.
quinta-feira, 7 de julho de 2005
Londres e o Referendo
Acho muito triste perceber que estamos todos, seja no Rio ou em Londres, Barcelona ou Nova York, à mercê da vontade de pessoas que não têm o menor respeito à vida como princípio de tudo, como nosso bem mais valioso. Traficantes e terroristas, que têm seu senso de justiça baseado e simplificado ao “olho por olho, dente por dente”.
E hoje foi aprovado o referendo para que os brasileiros decidam sobre o comércio de armas. Sou a favor do desarmamento. Mas esse referendo me deixou confusa, indecisa. Bandidos não compram armas no comércio regularizado. Não precisam dele. Mas precisam de mais um produto para controlar num mercado negro eminente. Um novo tráfico. Acho que o Congresso optou por tirar do Governo (em todas as esferas) a responsabilidade de buscar soluções para a segurança pública transferindo para a sociedade a decisão sobre o comércio de armas. Sei lá. Não sei se faz sentido o que estou escrevendo. Estou realmente confusa.
Termino minhas confusas inconclusões deixando um beijão pra Julia, em Londres, sabendo que ela está bem e esperando que seu pesadelo tenha sido menos aterrorizante do que imagino.