segunda-feira, 20 de setembro de 2004

Nada de novo

Neste fim de semana eu não li jornal e tampouco assisti TV. Ou seja, estou completamente sem assunto.... Sei que aconteceu uma mais briga na noite da cidade. Foi sexta-feira numa pizzaria em Laranjeiras, a mesma na qual comemoramos o aniversário da Dricazinha (mencionado no post de quinta-feira). Uma pena, porque o lugar é super aconchegante, muito família, bem legal. Após as 23 horas eles abrem uma pista de dança pra quem quer curtir um pouco de música eletrônica, mas continuam a servir do lado externo normal e calmamente. Eu sinceramente não compreendo o que passa pela mente dessas pessoas que saem apenas para arrumar briga. Um cara olha pra cara do outro e diz “não vai passar porque não fui com a sua cara”. Já vi isso acontecer. É estúpido assim mesmo. Babaquice pura e, infelizmente, aplicada. Espero que a Hideway sobreviva a esse golpe baixo e que possamos curtí-la mais vezes.

Hoje é dia de homenagear Carlinha medina. Minha ex-teacher preferida, querida e amadíssima. Uma pessoa admirável, mais forte do que ela mesma imagina, linda, inteligente e companheira. Quem a conhece sabe do que estou falando e, com certeza a ama tanto quanto eu.

Um grande aniversário e longa vida pra você, Carlinha!

“Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus.” - Um sopro de vida

(Clarice Lispector)

quinta-feira, 16 de setembro de 2004

Santa Fragilidade, Batman!

Acordei no domingo com fisgadas na perna. Melhor, as fisgadas me despertaram. Doía exatamente no alto da batata da perna. Estava me incomodando de verdade mas me parecia ser apenas câimbra. Tentei relaxar e alongar um pouco as pernas mas as tais fisgadas ainda voltavam de vez em quando. E assim ficamos, de domingo até ontem. De vez em quando uma dorzinha bem pontual e aguda. O problema é que ontem a dor aumentou e deixou de ser apenas a fisgada em si. Passou a doer com a pisada. Tudo bem. Consegui encaixe na agenda de um ortopedista e ele descobriu que uma forte câimbra noturna pode ter provocado uma lesão em minha panturrilha. Eu já havia mencionado a minha total falta de forma, mas isso já é demais, não é? Caramba, eu não fiz nada para me machucar além de me deitar para dormir! É isso. Agora tenho que ligar para o plano de saúde e pegar senha de autorização para 7 sessões de fisioterapia. Só comigo mesmo que acontecem tais coisas...

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Não ganhei a mega-sena...

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Bom, hoje é aniversário de Adriana “Dricazinha” Leiras, minha mega-super-hiper-querida-eterna-estagiária-e-engenheira-de-estimação. A pessoinha mais ciumenta que eu conheço na vida, mas também com um dos maiores corações que já encontrei. Sinto muito a sua falta no meu cotidiano mas sei que era imperativo que ela trocasse de área. Êta coisinha inteligente ‘sa menina! Fica aqui registrado todo o meu carinho por você, Dricazinha!

Keep smiling, keep shining
Knowing you can always count on me, for sure
That's what friends are for

For good times and bad times
I'll be on your side forever more
That's what friends are for
(Stevie Wonder)

terça-feira, 14 de setembro de 2004

O Papa e o Domingo, Olga, Daflon e o Curso de Francês

Deu no jornal: o Papa lamenta o fato de haver mais esportes do que religião aos domingos. De certa forma eu também. Não pela religião, porque eu acredito que quem acredita em alguma coisa, o faz em qualquer dia e hora, mas pela falta de opções que o domingo nos oferece. Podemos sair de casa e combinar uma praia, um passeio, um bate-papo, uma pizza, uma cerveja, mas vai sempre ter alguém do grupo que vai dizer que tem quer voltar cedo para casa ou mesmo vai pedir pra ligar a TV no bar. Para quê? Pra ver o emocionante Jaú x XV de Piracicaba (ou variações sobre o mesmo tema). Nada contra o futebol, só acho que muita audiência para pouco show. Foi-se o tempo em que valia pena acompanhar o campeonato inteiro. Uma pena.

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Ontem mencionei a palestra motivacional que assisti aqui na empresa na última sexta-feira. Falou de sonhos, de águias e ostras, de vontade de trabalhar e como gostar de trabalhar. Também discorreu animadamente sobre família, amigos e uma grande seleção de valores que deveríamos considerar, repensar e aplicar ao nosso cotidiano. Ontem fui ao cinema assistir Olga (já não era tempo, não?). Sua insistência em ser capaz de mudar o mundo através das idéias e da luta armada, se necessário, acabaram por remeter-me de volta à palestra e também à aula do curso francês do último sábado. Falamos de Egalité, Fraternité, Liberté e Solidarité. Conversamos sobre como esses ideais – a princípio utópicos e distantes – podem ser atingidos e, considerando que são poucos os Prestes e Olgas da atualidade, devemos fazê-lo a partir de pequenas posturas e atitudes no nosso dia-a-dia. Agindo com honestidade, gentileza, responsabilidade, disposição e alegria de viver, entre outros. Tudo isso com muito respeito à vida, à coletividade e à individualidade. Se conseguirmos agir assim, será porque somos verdadeiramente iguais, fraternos e livres. Uma sociedade evoluída de fato, capaz de aprender com seus próprios erros. E então, solidariedade deixaria de ser uma atitude isoladamente necessária.

segunda-feira, 13 de setembro de 2004

Sobrevivi!

Pois é, muitas horas de sono depois, estou aqui de volta! A peça de teatro foi substituída por um bom bate-papo no Manoel e Joaquim e o churrasco de domingo foi abandonado por pura necessidade de ficar em casa, dormir um pouco mais e ajeitar a bagunça acumulada da semana (é isso que espera caro Ferno: morar sozinho tem dessas coisas! Claro que eu sei que sua disposição é infinitamente maior que a minha, mas domingos assim deverão passar a existir em sua vida alone).

E mais uma semana se inicia. A coisa não está muito animadora (muito trabalho para poucas oito horas de expediente, granadas na Conde de Bonfim, pivetes em frente ao Bob’s) mas algo me diz que com um pouquinho de jeito, tudo se acerta (exceto o medo da rua, claro) e terei muito sobre o que refletir neste espaço.

A propósito, na sexta à tardinha assisti à palestra do Daflon, sócio da Holográfica. Pessoa admirável, cheia de disposição (o que era de esperar considerando que a dissertação falava principalmente de motivação) e bastante simpático. Dentre as coisas que mais me marcaram, ressalto que temos que sonhar sempre (e o fato de sonharmos com coisas que, mesmo distantes, são geralmente atingíveis) e valores como respeito, amizade e compromisso, ultimamente quase esquecidos pela sociedade. Coisas que valem a pena parar pra pensar.

Sonhos são como deuses: quando não se acredita neles, deixam de existir. (Paulinho Moska)

sexta-feira, 10 de setembro de 2004

Estou mesmo ficando velha

Defitivamente preciso melhorar minha forma física. O chato é que eu não sei exatamente o que fazer. Não consigo curtir academia. Sei que depois de um tempo o corpo se habitua e a coisa fica mais fácil, mas eu a idéia de ficar correndo no mesmo lugar ouvindo Jovem Pan me desanima. Cheguei a comentar esse assunto com meu amigo Sérgio Requejo esta semana e agora o assunto volta à tona.

Bom, vamos objetivar. Esse desabafo deve-se em grande parte ao estrago que uma saída para dançar ontem fez ao meu corpitcho mal-acostumado. Estou um caco. Moída. Quando comecei a faculdade era fácil virar a noite acordada e ir direto trabalhar. Acho que envelheci. Tais aventuras parecem ser coisa de uma outra vida. O mais engraçado é que o horóscopo de hoje diz "Hoje você está com o maior gás. Aproveite para colocar o trabalho em dia e fazer tudo o que você tinha que fazer mas não fazia porque não estava tão seguro assim." Tenho que rir...

E ainda, só de pensar que o fim de semana vai ser agitado, ou melhor, muito agitado, eu já fico zonza. Curso de Francês, coquetel de inauguração do consultório da Michelle, tentativa de participar de mais uma aula de tango, teatro (Qualquer gato vira-lata tem uma vida sexual melhor a nossa no Teatro dos Grandes Atores) e a merecida cerveja além de um churrasco em São João. Se eu sobreviver, conto como foi!

quarta-feira, 8 de setembro de 2004

As maravilhas da Internet

Eu fui me rendendo aos encantos da Internet muito devagar e gradualmente. Salas de chat, por exemplo, nunca me seduziram. Tampouco o ICQ (apesar de estar registrada) e similares. O que eu sempre gostei foi dos sites de busca. Virei "googlemaníaca" nada anônima. É recorrente que amigos e colegas de trabalho me perguntem como conseguir determinadas informações e eu acho isso um barato. No trabalho também uso e abuso da internet para localizar fornecedores e fichas técnicas de produtos.

Agora estou namorando o Orkut. É genial! A facilidade de acrescentar pessoas na lista de amigos – e o melhor é que nenhumas delas é virtual – é fantástica. São pessoas que, em algum momento, passaram pela minha vida, de fato, pessoalmente. Religiosamente eu faço o download dos contatos uma vez por semana apenas por temer que um dia tirem o site do ar e eu não consiga reunir os dados de todo mundo novamente.

Hoje o Orkut me proporcionou um encontro maravilhoso e, posso dizer de coração, não ganhei o dia simplesmente, ganhei a semana! Encontrei um amigo do coração que eu não via nem falava há bons dez anos. Eu nunca me perdoei por ter perdido o contato com algumas pessoas extremamente queridas porque sei que foi por pura displicência e sempre me perguntei se algum dia eu teria a chance de reencontrá-las. Eu estava fuxicando comunidades quando eu achei meu querido amigo. Bastou um scrapzinho dele e acho que nada mais vai me aborrecer por um mês!

É nessas horas que eu me convenço de que a gente não precisa de muita coisa para ser feliz. No meu caso: minha família, meus amigos, meus discos e meus livros!

Robson, pra você!

Caminhos do Coração
(Gonzaga Jr.)

Há muito tempo que eu saí de casa
Há muito tempo que eu caí na estrada
Há muito tempo que eu estou na vida
Foi assim que eu quis
E assim eu sou feliz

Principalmente por poder voltar
A todos os lugares onde já cheguei
Pois lá deixei um prato de comida
Um abraço amigo
E um canto dormir e sonhar

Aprendi que se depende sempre
De tanta muita diferente gente
Toda pessoa sempre é as marcas
Das lições diárias de outras tantas pessoas

E é tão bonito quando a gente entende
Que a gente é tanta gente
Onde quer que a gente vá
É tão bonito quando a gente sente
Que nunca está sozinho
Por mais que pense estar

É tão bonito quando a gente pisa firme
Nessas linhas que estão
Nas palmas de nossas mãos
É tão bonito quando a gente vai à vida
Nos caminhos onde bate
Bem mais forte o coração

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Sete de Setembro

O feriado começou preguiçoso (pra variar....) mas tinha que vir para Caxias ver Papai e Mamãe queridos. Tudo pronto (bolsa, roupas, livros e dvds), coloquei-me a caminho. Até então, tudo certo: a hora estava razoável, o dia estava lindo e o ônibus nem demorou! No caminho enfrentamos um curioso engarrafamento chegando à Leopoldina: carros e ônibus parados aguardando a passagem de vários carros da Polícia Rodoviária Federal seguidos de outros tantos carros da Guarda Municipal. É claro que eu me assutei. Demorei alguns minutos para descobrir que não havia nenhuma guerra na Linha Vermelha, Amarela ou na Brasil. Eram apenas as viaturas que voltavam do desfile de Sete de Setembro na Avenida Presidente Vargas. Mergulhei minha cara no livro (KING, Stephen. "O Corredor da Morte") envergonhada pela falta de fé na cidade e só levantei os olhos quando já estava passando pela Penha.

quarta-feira, 1 de setembro de 2004

Humor

Coisa estranha esse tal de humor, não é? Abri os olhos pela manhã e dei a tradicional olhadela pro relógio: "será que ele errou e me acordou mais cedo?" Claro que não. A hora está certinha, mas alguma coisa não combina. Os olhos insistem em se fechar. Eu sei que tenho que levantar, mas a cama nunca esteve tão aconchegante. Pensei comigo mesma, quase que automaticamente, que o dia fora dela com certeza não seria tão bom quanto aquele momento ali, tão quentinho, tão preguiçoso. Passou em minha mente a lista interminável de coisas pra fazer e toda a rotina e burocracia que me aguardavam nas próximas horas e meus olhos fecharam-se mais uma vez instintiva e teimosamente. Por que eu não podia ficar ali mais algumas horas? Ou mesmo o dia inteiro, afinal: ninguém me manda, não é mesmo, Silvete? Levantei-me a contra-gosto e fui pro banho. Todo o ritual matinal seguiu-se sem imprevistos e ainda me lembrei de trazer para o escritório umas coisinhas que nunca lembrava de trazer. Cool! Apenas no táxi - quase 15 minutos após ter saído de casa - foi que eu reparei no dia lindo que estava se rascunhando. Ao chegar ao Parque Gráfico (vulgo PG) percebi que estava completamente equivocada e que tinha sido muito injusta com meu julgamento inicial. Invadiram-me uma disposição inesperada e um bom-humor sincero. Definitivamente eu não sei explicar. Não sei se é o lugar, mas com certeza tem alguma a ver com as pessoas. Nada como uma manhã após a outra!