segunda-feira, 29 de novembro de 2004

Aproveitando o intervalo forçado

Meu computador não está colaborando... Enquanto o rapaz do suporte tenta trazer meu dia de volta à normalidade, aproveito para deixar algumas linhas no meu querido diário através do computador vago de meu colega de férias. O desânimo está tomando conta de mim. São tantas coisas pra fazer em tão pouco tempo (sempre me lembro do Willy Wonca....) que parece que não adianta nem começar nenhuma das tantas tarefas acumuladas. Estou literalmente apagando incêndios. Na última semana (e me parece que nessa também) eu não consegui realizar nada do que estava planejado. O pior é que eu não posso extender meu horário de trabalho por conta do transporte da empresa (e não me aventuro a atravessar a Linha Vermelha sozinha). Vamos ver se o nhoque do almoço me anima.

O fim de semana foi bem legal. Fomos (Sandrinha, Cláudia, eu e Silvete) ao Clã Café no Cosme Velho. Eu adoro aquele lugar e, no sábado, foi o programa perfeito. Depois demos uma passadinha na Lagoa pra ver a nova Árvore aliás, maravilhosa como sempre.

Obs.: desisti da foto..... toda hora fica indisponível.... :o(

terça-feira, 23 de novembro de 2004

Não é a mamãe!

Simples: porque hoje é dia do meu pai! Meu e de Vivi, claro! Paizinho hoje faz cinqüenta e.... Bom melhor melhor deixar pra lá! De uns tempos pra cá ele tem ficado tão vaidoso que é melhor não falar em idade. Eu sempre fui fascinada e apaixonada pelo meu pai. Me lembro que eu esperava por ele sentada no muro de nossa casa em São João. Não era difícil reconhecê-lo, eu conhecia muito bem o seu jeito de andar e vestir-se. Hoje, não consigo me lembrar de vê-lo chegar em casa mau-humorado. Estava sempre com um sorriso caloroso no rosto (e alguma gulodice nos bolsos para as pimpolhas insaciáveis). E foi sempre um pai presente, carinhoso e amigo. Junto com Dalvinha, Seu Otávio sempre foi meu melhor exemplo de vida e minha principal fonte de inspiração. Espero não decepcioná-los.

Pai:
Que o seu dia seja excelente.
Que você nunca se esqueça dos seus sonhos e que eu possa estar por perto para te ajudar a realizá-los.
E que você seja sempre esta pessoa incrível e este pai maravilhoso que tem sido nesses tantos anos.
Te amo muito!



Só pra registrar, meu caro amigo Wlad (o meu, o seu, o nosso Véio Zuza) está oficialmente de férias. Isto significa que esta tecnoburocrata que vos escreve está oficialmente encrencada. Por três semanas, é bem provável que os senhores e senhoras freqüentadores deste humilde espaço não encontrem aqui nada com algum sentido lógico. Peço ainda, encarecidamente, que, caso sintam falta de mim, que dêem uma olhada por entre as pilhas de papéis que se multiplicarão pelo nosso simpático cafofo. Bom, dá pra perceber que não posso me estender...... Fui!

sexta-feira, 19 de novembro de 2004

Qui nem Jiló

Falei de saudade ontem. Algo me impele a falar de saudade novamente. Perdoem-me. Estou sendo repetitiva confessa. Mas isso se deve ao fato dessa palavra estar se repetindo intensamente em meu cotidiano esses últimos dias. Eu estou mesmo com uma sensação de saudade indefinida e infinita de algo. Já sou saudosista de natureza. Minhas músicas, filmes e afins preferidos, são todos bastante antigos. Velhos mesmo eu diria. Ainda por cima, tenho falado muito com pessoas que não vejo há muito tempo. E a saudade aumenta. Sinto cheiro que me remetem ao passado. Ouço músicas me fazem recordar a adolescência e de coisas que eu nem lembrava que existiram algum dia. Muito estranho. Será que estou fadada a viver do passado? Estou presa a ontem? Será que quando dizemos que a vida dá voltas, nos referimos ao fato da vida acontecer em ciclos e não exatamente de reviravoltas doidas e inesperadas? Algum analista na platéia? Se for para diagnosticar que essa atitude é típica de quem quer evitar olhar pro futuro, que continue quieto! Não é fuga. É apenas uma sensação de bem estar. De conforto. Sei lá..... Não sei se é bom ou ruim. Mas vou ficar quietinha, quietinha, quietinha.... Cantando Gonzagão (das antigas, como já disse....):

"Se a gente lembra só por lembrar
O amor que a gente um dia perdeu
Saudade inté que assim é bom
Pro cabra se convencer
Que é feliz sem saber
Pois não sofreu

Porém se a gente vive a sonhar
Com alguém que se deseja rever
Saudade, entonce aí, é ruim
Eu tiro isso por mim,
Que vivo doido a sofrer

Ai quem me dera voltar
Pros braços do meu xodó
Saudade assim faz roer
E amarga que nem jiló
Mas ninguém pode dizer
Que me viu triste a chorar
Saudade, o meu remédio é cantar"
(Luiz Gonzaga / Humberto Teixeira)

Pausa na quietude pra lamentar a saída do Lessa do BNDES. Não gostei nem um pouco. O governo está cada vez mais estranho. Muito estranho aliás. Eu acreditava que a esquerda no poder não iria fazer nada realmente de esquerda, mas assim já está demais, não? Que o FHC priorizasse o econômico em detrimento do social, era previsível, ainda que não aceitável. Agora, que o Lula faça isso também, e não é só um pouquinho, é muito estranho. Bom cada vez mais, menos eu me surpreendo. E a sensação de impotência só aumenta.

Já que é sexta-feira, permitam-me expressar meu total descontentamento com os ASPONES. O programa é legal, mas precisava ressuscitar o Oswaldo Montenegro na mídia só pra dramatizar a chatice do personagem? Santa implicância, Batman!

“Que não seja preciso mais do que uma simples alegria para me fazer aquietar o espírito.
E que o teu silêncio me fale cada vez mais.

Porque metade de mim é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta, mesmo que ela não saiba.
E que ninguém a tente complicar porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer.”
(Oswaldo Montenegro)

quinta-feira, 18 de novembro de 2004

Pensamentos multifacetados

Tá nO Globo: Brasileiros batem marca de 14 horas mensais de navegação na Internet. Segundo a reportagem, somos superados apenas pelos japoneses que ficam 15 horas e meia na internet. Se pararmos para fazer as contas, são 30 minutos por dia. Eu ainda não concluí se isso é muito ou é pouco. Quem tem banda larga fica mais tempo na rede, pouca coisa, e tende a freqüentar mais sites de comércio eletrônico e finanças do que os demais usuários, ainda segundo o estudo no qual se baseia a reportagem. O que mais me chamou a atenção no entanto, foi uma notinha despretensiosa no final: “sites de conteúdo audiovisual de portais como Terra, Globo e UOL estão bem posicionados, com mais de 80% dos visitantes em banda larga”. Se estes acessos são espontâneos, é sinal de que o território livre da internet acabou por se “corporativar”, ou seja, as pessoas continuam absorvendo apenas as informações que vêm dos grandes conglomerados de mídia, ignorando outras fontes de informação, outras formas de passar uma mesma informação. Lamentável, porque desta forma não há questionamento ou contestação. Não há formação de pensamento crítico. Animemo-nos! Existe uma outra hipótese: lembremos que estes “sites de conteúdo audiovisual” são também, nada mais, nada menos que os mais populares provedores de acesso de baixo custo do mercado. Sendo assim, tais acessos não são espontâneos e, não necessariamente, as pessoas absorvem automaticamente o conteúdo por eles disponibilizado. O alto número de acessos deve-se, principalmente, à obrigatoriedade à que os assinantes se submetem de iniciar a navegação por uma destas páginas, afinal tá configurado assim, né? Ufa, nem tudo está perdido!

Ainda sobre internet, fica aqui uma indicação: o site Quatrocantos.com mantém uma lista de artigos sobre verdades, meias verdades, lendas, mitos e pulhas na internet, sejam elas divulgadas na própria web ou aquelas que adoram entulhar nossas caixas de e-mail (aquelas dúzias de e-mails sobre substâncias perigosas, autores famosos de textos duvidosos e os últimos e superpoderosos vírus que nem a Microsoft conseguiu evitar). O Quatrocantos.com não faz exatamente investigações. Apenas mantém suas portas abertas à lógica. Vale a pena.

E hoje me deu uma saudade infinita de alguma coisa.... Conseqüentemente lembrei de Vinícius.

Ausência
Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto.
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz.
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado.
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado.
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face.
Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada.
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu,
Porque eu fui o grande íntimo da noite.
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa.
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço.
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado.
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos.
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir.
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas.
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

(Vinícius de Moraes)

Atualizações

Sábado, dia 13 de novembro (eu sei que já passou, mas não deu pra escrever antes...) foi dedicado ao McDia Feliz. E as garotas superpoderosas foram devidamente acompanhadas de dois galãs de novela (não me perguntem os nomes). Fora a tietagem, o dia foi bastante produtivo e divertido. Aprendi a fazer cachorrinhos de bolas (aquelas compriiiiidas que enrola daqui e estica dali, ficam do jeito que queremos - ou queríamos, errrr....)




Acabei de ler o Código Da Vinci na sexta-feira à noite. Foram cinco dias de aventuras por Paris e Londres. O livro é realmente magnetizante. Um romance muito bom. E o melhor é que teremos Tom Hanks na telona na pele de Robert Langdon! Ou seja, como me conheço bem, nova contagem regressiva até o lançamento. Santa ansiedade, Batman!

Pela primeira vez em 3 décadas fiquei com vergonha de ser flamenguista. Pelo time e pela torcida... Não sei o que é pior...

quinta-feira, 11 de novembro de 2004

Minha varanda comercial!



Esta é a vista oferecida de graça a quem visita as instalações do Parque Gráfico da Infoglobo em lindos dias de primavera. Podem falar: é ou não é uma benção? A câmera não é lá grande coisa mas, com um pouquinho de boa vontade (e bons óculos, claro), dá pra reparar que nossa "varanda" vai até a Serra de Terê, com direito ao Dedo de Deus e tudo!
Morram de inveja!!!!!!

quarta-feira, 10 de novembro de 2004

Me rendi, mea culpa

Eu olhava pra ele e ele olhava pra mim. Ele estava lá há algum tempo, quietinho, só esperando. Trombava nele de vez em quando mas, na maioria das vezes eu ainda conseguia evitá-lo. Confesso que foi difícil, muito difícil. Em nenhum momento se tratou de preconceito: era uma simples questão de auto-conhecimento. Eu tinha certeza de que não faria outra coisa enquanto não desse cabo da situação e, assim, resolvia adiá-la. Tem sido assim já há alguns meses. Acontece que terminei minhas leituras sobre a Guerra de Tróia (pra desconfundir depois de ter assistido Tróia mais uma vez, agora em DVD) e fiquei sem nada pra ler. Eis que ele apareceu, vermelho e reluzente na minha frente. Cheirinho de novo. Não resisti: rendi-me ao Código Da Vinci de Dan Brown. Comecei no domingo e já estou na metade do livro. Tudo indica que até segunda, dia 15, eu já tenha decifrado todos os códigos propostos por Dan para Sophie e Robert. Eu sabia que isso ia acontecer. Foi assim com Tolkien, toda a trilogia dO Anel mais O Hobbit, O Silmarillion e Os Contos Inacabados. Não sosseguei enquantei não os devorei sem piedade. Foi assim também com Harry Potter, só que este foi algo estranho, era uma coisa progressiva: a voracidade com que eu os lia crescia junto com o algarítimo que indicava o volume da aventura - A Ordem da Fenix formou-se em minha mente em menos de 5 dias). Eu não tenho jeito mesmo. Adoro estas estórias....

A propósito, domingo último estava na casa de meus pais. A Globo retransmitia Missão: Impossível 2 e eu vibrava com as peripécias de Ethan e Cia enquanto meu pai resmungava algo como "pelo amor de Deus, filha... assim eles abusam da minha paciência!!!!". Retruquei de cara (minha frase pronta preferida para os críticos de 007): "pôxa, pai, se quer ver realidade, espera pelo Jornal Nacional!". Será que eu sou muito deslumbrada? O que eu gosto, ou melhor, o que eu amo no cinema é justamente a "livre magia" daquela coisa toda. É imaginar o que vão inventar dessa vez. Aonde vai parar a imaginação dos cineatas. É curtir a música e os cenários. É viajar barato no barato dos outros. Pra mim é simples assim. É claro que eu sei que tem toda a questão do imperialismo cultural estadunidense, e blá-blá-blá, mas, caramba, Amélie Poulain e Adeus, Lênin estão muito bem na fita pra mostrar que outros países também sabem produzir filmes leves e legais, bem populares. Cinema é diversão antes de tudo! Custa ser menos crítico? Ou será que vão me responder: "Sua Mané, custa ser menos alienada?"

terça-feira, 9 de novembro de 2004

Até quando...

A comoção, como então
Uma sensação de impotência
Sem certeza da ciência
Necessária ao coração.

Tudo é farto, fácil e hábil
Exceto a certa certeza
Comum e sem beleza
Da vida insossa e dócil

Quanto tempo é necessário
Para parar o canto raro
E viver sem medo e sem razão

Porque é mulher, que encanta e enlaça,
Aquela que gira e ultrapassa
Com força e sem gratidão.

quinta-feira, 4 de novembro de 2004

Meleca!

Nova onde de paranóia para emagrecer..... O triste é que eu nem tenho condições de entrar para uma academia agora de tão dura que estou. O pior é que eu sei que, se eu não aproveitar essa nova temporada paranóica, aí mesmo é que os aparelhos não me verão nem tão cedo. Que vergonha! Uma mulher feita dessas com preguiça! Eu sei, eu sei, eu sei, me falo isso todos os dias.... Sei exatamente o que tenho que fazer para ficar de bem comigo mesma e com o meu corpo, mas é tão... como vou dizer, errr, sei lá, uma droga, sabem? Nessas horas eu queria morar na Lagoa. Digamos que este seja meu grande sonho, aquele quase inatingível, que todos nós permitimos sonhar mas sabemos que a possibilidade dele se tornar realidade é remotíssima. Pois é. Hoje é um daqueles dias em que eu digo pra mim mesma: "é, Cláudia, podia não ser na Lagoa, mas se você fosse um mais controlada com sua grana, você poderia estar bem mais perto da praia. Sua anta!" Sim, porque a praia já adiantaria, não pela praia em si, mas pelo clima praiano. Sair para andar de bicicleta, vento fresco no rosto, gente bonita em volta. Quem sabe até esticar até a Lagoa e encontrar as capivaras? Na zona norte não dá pra andar de bicicleta. Primeiro porque faltaria charme, segundo porque o risco de ser atropelada é imensamente maior e terceiro porque eu ficaria com pulmões cheios de gás carbônico! Só resta recorrer às academias, voltando, assim, à melancolia inicial... "Ó vida, ó tudo...."

E não é o Bush se reelegeu? Vai entender?

Gente! No orkut me disseram que sou parecida com a Susan Sarandon e com a Marieta Severo!!!! Que bárbaro! Amei a brincadeira, não que eu me ache mesmo parecida com alguma delas, mas porque eu adoro as duas e seus trabalhos. Isso sem falar que, perto da Marieta, quer dizer perto do Chico! Céus... Só de pensar, o coração acelera! Ooops, omostrei demais meu lado tiete de ser! Fui!

segunda-feira, 1 de novembro de 2004

E Assim


Ação e reação
Por controle ou coerência
Por questão ou preferência
Dor e força, ontem e amanhã

O ocre
O odor
O fedor

A fumaça que passa
Embaça e abraça
Aquela coisa que volta
Vida, vento e flauta

Sem tempo
Sem jeito
Sem beijo

Pesadelo apenas
Rebeldia e oração
Covardia e submissão
Paralelo turbilhão

Pra lá de Maricá

Êta semaninha agitada essa, hein! Deputado incorpora na Câmara, jogador morre em campo, mais eleições e trabalho para caramba (acima da média) e muito pouca disposição. Conclusão: acabei fazendo mais travessuras: me deixei seqüestrar e fui parar em Maricá às 4:30 de sábado (bom, não foi bem assim, mas contar desse jeito faz parecer muuuuuito mais divertido!). Crisca chegou perto das 3 da tarde de sábado com o almoço: um peixe enorme e muitas lulas. Mas eram muitas lulas mesmo. Eu nunca havia visto tantas numa só vez – nem no mercado (até porque, como não sou fã de frutos do mar, dificilmente alguém vai me encontrar na seção de pescados do supermercado). Demoramos algumas 5, ou talvez 6, horas preparando o almoço, ou melhor, a comida. Mas como valeu a pena! Primeiro porque o processo em si foi bastante prazeroso. D’Arc, Crisca e eu, juntas e cozinhando – enquanto o Alexandre dormia no quarto (com dor de cabeça) e o Fernando dormia no sofá – era uma verdadeira comédia. Segundo porque a comida ficou deliciosa (a despeito excesso de pimenta no arroz de lula e da ausência de sal no peixe assado!). E terceiro porque a cerveja estava muito bem servida, é claro! Nem foi muita farra assim. Acabei com os ouvidos de todos me esgoelando no videokê e fomos dormir relativamente cedo. No sábado, reinventamos a lula e o peixe e voltamos no meio da tarde para Niterói porque nosso anfitrião precisava cumprir seu dever cívico junto ao seu Godô.