segunda-feira, 25 de outubro de 2004

Idioma como Hobbie?

Quem me conhece sabe que estou terminando o curso de Francês e, dando tudo certo, inicio os estudos de Alemão no próximo semestre. Isso não significa realmente que falo bem o Francês. Consigo entender os noticiários da TV5 mas ainda falta muito para conseguir acompanhar os filmes (mesmo legendados como acontece com o Inglês). Meu Inglês, aliás, não é fluente: é suficiente. Fuinciona, mas precisa melhorar muito. O estudo de idiomas talvez tenha se tornado um hobbie para mim. Eu curto mais entender expressões, culturas e gírias, aprender a apreciar filmes e músicas através do idioma do que a estrutura linguística em si. E isso inclui o Português. Estou aguardando para assistir Língua – Vidas em Português, por exemplo. Adoro a língua Portuguesa e procuro respeitá-la sempre. Falando nisso, o tal do Internetês está quase insuportável! Até um tempo atrás, as abreviações faziam sentido mas agora, eu creio que a situação está abusiva. Que a lógica é a fonética, ótimo; que tem que ser rápida para simular uma conversa tête-à-tête, ok. Mas euzinha aqui, continuo achando abusivo. O pior é que, sem perceber, as pessoas acostumam-se a escrever assim e e-mails corporativos, por exemplo, tem aparecem recheados de partículas como vc, td, nd, pq e d+!

Continando, após o Alemão, eu pretendo estudar Italiano. Sempre desejei aprender Italiano, mas o senso prático me impeliu a colocá-lo um pouco mais atrás na lista de prioridades. Aliás, estava zapeando no sábado à noite e esbarrei com o calvo Bruce Willis tocando harmônica no RAI. À propósito, o acompanhava uma orquestra maneiríssima cujo percussionista devia ser brasileiro (porque ostentava uma relativamente grande bandeira brasileira sobre um de seus instrumentos). Esse tal de povo brasileiro não sossega mesmo, né? Está em todo o canto!


Em tempo: qual a graça das rinhas de galo? Ou melhor, das rinhas de qualquer coisa! Em pleno século XXI, o ser humano ainda coloca animais pra brigar. Cães, galos, canários.... Coisa sem graça! Por que isso? Evolução já galera! Vamos arrumar algo produtivo pra compensar essa testoterona acumulada!

Pra não perder o costume, deixo aqui meu beijo pra Vivi – Viviane Simas – queridíssima irmã que ficou mais velha ontem! Te amo muito, viu?

quarta-feira, 20 de outubro de 2004

De volta ao começo

A primavera não é mais a mesma. Que friozinho chato! Acho que Julinha em Londres deve estar mais confortável que a carioca aqui. O pior é que o pequeno pedaço de céu que me cabe e ausência de vento (e suas variações) no vão entre os prédios para os quais minha janela se abre não me permitem sequer decidir com um pouco mais de presteza se eu devo ou não trazer um casaco. Creio que se eu criasse o hábito de dar um passeio básico pela manhã (pelo menos até a padaria) eu resolveria este problema, mas minha cama quentinha não é o estimulante mais adequado. Resta-me agora ficar quietinha dentro do escritório sem arriscar-me gelar meu nariz no ventinho gelado que vem da Baía.

Mes chers amis d'Aliance: Moi, Bruna, Daniel , Fernando e Dayanna - foto de 19/10/04.


O Multishow mostrou ontem um especial com o Rock Brasileiro dos Anos 80. Estavam no programa o Léo Jaime, Arnaldo Brandão, Leoni e George Israel. A melhor parte sem dúvida eram os ciples. Céus! O que era aquilo? Quem, em sã consciência podia curtir tais aberrações e, pior, ainda pagar para ouví-las em play-back? "O pior é que eu góstio!" - responde Cacau, jovem de 13 anos, moradora de São João de Meriti e estudante ginasial do Colégio Santa Maria, nos idos de 86. Nossa memória é uma coisa (não sei que outra palavra usar) interessante, não é? Basta um acorde, um cheiro, uma palavra e você volta no tempo instantaneamente. No decorrer do programa de ontem, viajei muito estirada em meu sofá. Revivi paixões (e como me apaixonei!) e revisitei lugares e pessoas. Pena que o "Rock errou" e "sumiu, desapareceu, escafedeu-se". Agora ele está diferente. Menos punk, mais pop, porém sobrevive a poesia.

"Às vezes parecia que, de tanto acreditar
em tudo o que achávamos tão certo,
teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais:
faríamos floresta do deserto
e diamantes de pedaço de vidro.
Mas percebo aogra que o teu sorriso vem diferente,
quase parecendo te ferir....
Não queria te ver assim!
Quero a tua força como era antes.
O que tens é só teu
e de nada vale fugir e não sentir mais nada."
(Renato Russo)

domingo, 17 de outubro de 2004

São tantas emoções...

É isso aí. Estou postando da casa de meus pais, como planejado. Meu sobrinho Lucas está do meu lado, olhando atentamente o que estou fazendo. Curioooooso! Na verdade, ele quer mesmo é saber quando eu vou terminar para que ele possa voltar a jogar na internet. Tudo bem. Ele pode ficar por aqui. Não me incomodo nem um pouco.

Ontem consegui matar saudades de velhos e grandes amigos. Fiz uma visita (surpresa até mesmo para mim) às Olimpíadas Castorísticas do DC-01 e DC-11 (uma das convenções anuais do Clube de Castores – maiores detalhes em http://castores.com.br). Cheguei meio de mansinho, óculos escuros, sem ter certeza de quem eu encontraria. Isso porque eu fiquei afastada do movimento por dez anos. Os rostos eram, claro, completamente novos e cheguei a pensar em voltar no mesmo passo. Decidi perguntar se havia alguém das antigas e não é que tinha: Carlos André, ou melhor Grande Berrézinho, foi o primeiro. Quase em seguida chegaram Cida e (que levou o filhote). Juntou-se a nós o onipresente Lionel e formamos a mesa-museu do evento. Foi um almoço (uma ma-ra-vi-lho-sa feijoada) realmente memorável. Faço aqui minha referência ao cartão de crédito: Não tem preço! Fiquei infinitamente feliz com esse reencontro. Ainda conheci pessoas muito legais, principalmente através da Tatinha que, quando deixei o movimento era apenas uma promissora caloura e tornou-se líder e referência para toda essa nova geração. Foi um sábado e tanto! Já estou contando os dias para Dezembro.



Hoje tive que ir ao escritório acertar umas pendências e tentar a pilha de papéis que me isola do mundo. Quase consegui, mas elas (as pilhas de papéis) são resistentes. A briga está feiíssima, mas eu sou persistente (viu só, Sérgio?) e irei – impiedosamente – acabar com elas (antes que elas acabem comigo).

Uma boa semana pra todo mundo!

sexta-feira, 15 de outubro de 2004

A propósito


Do Blog Algo a dizer..., da Nathalie, que anda meio down ultimamente, mas que tem imagens lindas!

Pertinho de Afrodite

Tinha combinado de sair com um amigo pra jantar ontem. Não estávamos afim de churrasco ou comida italiana. Queríamos algo diferente. O problema é que eu entro em pânico quando alguém me diz que quer fazer algo diferente e acrescenta: "o que você sugere?". Caramba! Eu sou taurina. Além de teimosa, eu tenho verdadeira adversidade a novidades e, conseqüentemente, coisas diferentes. Tãopouco sou criativa. Sou ótima executadora, mais nadinha "inventora". Ok, o estrago estava feito. O que fazer de diferente? Pouco antes de ligar pra cancelar o combinado, lembrei-me de ter adquirido um Guia de Restaurantes (a propósito, deixe-me aproveitar para uma propagandazinha: um produto Infoglobo para assinantes) e fui ver se pintava alguma idéia. E não é que rolou! Fui em "Exóticos" (mais diferente, impossível, hein?) e achei Afrodite Tis Milo, restaurante grego em Botafogo. Resultado: adoramos! Nada de sofisticação. Um lugarzinho bem simples, de paredes brancas e ornamentos azuis (bem grego, por sinal). Antony, o proprietário eu acho, é uma simpatia e nos deu a maior atenção. Optamos por um rodízio e acabamos provando boa parte do cardápio. Nunca comi tanto pimentão e tanto alho em minha vida! Os temperos são bem diferentes e bastante saborosos. Fica aqui a indicação.

Expectativas para o fim de semana: cours de Français dans la matin, matar saudades de velhos amigos do Clube de Castores à tarde e chopp de praxe à noite. Domingo com mamãe e papai (estou morrendo de saudades). Até!

quarta-feira, 13 de outubro de 2004

Muuuuuuuito Trabalho

Tem sido muito difícil escrever.... E eu até tinha um monte de coisa pra falar, mas esse negócio de estar sem computador em casa às vezes é um grande atraso. Passou o feriado e em vez de escrever, comi. E como comi. Engordei mais de 3 quilos. Agora resta o peso no corpitcho e na consciência.

Nessa entre-safra forçada passou o aniversário do João, ou Gurgel como tantas pessoas estão acostumadas a chamá-lo. Quatro de outubro – dia de São Francisco de Assis. Não consegui fazer aqui nenhuma referência ao seu aniversário mas pelo menos consegui falar com ele antes que ele virasse ostra. Bom, mesmo que um pouco atrasado, que fique registrado nos anais do pedaço de cyberespaço que me é cabível o quanto lhe quero bem e como ele foi, é e sempre será extremamente importante em minha vida.

No mesmo dia quatro os cariocas foram informados que o plano anti-Crivela funcionou perfeitamente e não teremos a sombra universal de um segundo turno sobre nossas cabeças. Tá. Mais quatro de C. Maia não devem ser tão ruins assim. Parabéns a ele que virou fenômeno graças ao medo de pouco mais de 50% dos cariocas. Eu ficaria mais feliz se percebesse que era isso que a população queria, que ela estava convicta de vai ser bom e que queria que ele ficasse, mas não é.... É medo. Acho que o Rio está se transformando na cidade do medo, diferentemente do que publicou o The Sun ontem. Medo em vários sentidos, com ou sem sentido. Uma pena. Uma grande pena.

Me tocou neste fim de semana:
“ – You never know, lightning could strike. Love is passion, obsession, someone you can't live without. If you don't start with that, what are you going to end up with? Fall head over heels. I say find someone you can love like crazy and who'll love you the same way back. And how do you find him? Forget your head and listen to your heart. I'm not hearing any heart. Run the risk, if you get hurt, you'll come back. Because, the truth is there is no sense living your life without this. To make the journey and not fall deeply in love - well, you haven't lived a life at all. You have to try. Because if you haven't tried, you haven't lived.”

“ – So take that nice picture you got in your head home with you, but don't be fooled. We lonely here mostly too. If we lucky, maybe, we got some nice pictures to take with us.
– You got enough nice pictures?”


Trechos do filme Encontro Marcado (Meet Joe Black). Agora ele também faz parte da minha desprentenciosa coleção. Me tocou porque porque acho que já tive tudo isso um dia e, displicentemente, deixei acabar. Me angustia e deprime porque não sei se consigo recuperar e tampouco estou certo se terei outra chance de outra forma. Mas sim, eu já posso dizer que tenho boas lembranças para levar quando chegar a hora. Só me resta tentar ser como Bill Parrish, acordar e ser capaz pensar: "eu não quero mais nada”.