quinta-feira, 21 de abril de 2005

Insone (e chata)

O calor é sufocante e piora quando a noite avança
Teimoso e irritante como nata, com gosto de nada
Queima e arde por dentro e no espaço ainda mais vazio em volta
Aumenta e aperta os nós que amarram a angústia ao peito

O calor afugenta o sono que faz esquecer
Atrasa as horas pela meia luz reticente, envolvente
Som de hélices, gotas na janela e o pensamento se desprende como pena
Pra longe, outros ares, outras areias

Onde o sonho que independe do sono permanece intangível

Um comentário:

Alexandre Carvalho disse...

Oi, Claudia! Muito bom o seu blog. Obrigado pela visita ao Língua de Trapo. Pelo que entendi, você também é tijucana, certo? Eu sempre gostei desse bairro, mas confesso que ainda estou levando um tempinho para me acostumar à mudança.

Foram várias coisas de uma vez só, principalmente o fato de agora sair do trabalho e chegar bem mais cedo em casa, tendo bastante tempo livre durante a noite para fazer várias coisas: ler, assistir filmes, navegar na Internet etc., o que não era comum quando eu morava no Recreio.

Qualquer dia desses a gente se esbarra pelo bairro, hehehe. Beijos de seu novo leitor!!!