Acordar em cima da hora pro trabalho não só não é saudável, como também sai caro. Acho até que já falei isso aqui. Acabo tendo que pegar um táxi que, da Tijuca para a Barra, garfa o equivalente a dois almoços. Essa semana me dei conta de uma mania que eu mesma ainda não tinha percebido: quando estou para entrar no táxi, observo a cara do motorista e, pasmem, o pininho que tranca a porta. É isso mesmo, para me certificar de que ele não está, digamos, afiado... Eu sei que sou impressionável, mas isso foi demais até pra mim mesma!
A tal viagem de táxi prosseguiu ilustrada por uma busca frenética por outras manias que as pessoas (claro, ou vocês acham que só eu sou a doida?) possam ter adquirido por conta da influência da sétima arte. Para meu grande alívio, percebi que as minhas não são muitas. Sempre que assisto o Sexto Sentido, por exemplo, eu fico um tempo sem levantar da cama à noite. Fico com pânico de corredor! De bom, aprendi a apreciar passeios descalços na grama, graças à Júlia Roberts. Mas a pior de todas é repetir falas cinematográficas sistematicamente no meio das conversas. Nada demais, coisas do tipo: “Grandes poderes trazem grandes responsabilidades”, “Multiplique pelo infinito, leve às profundezas da eternidade e terá um vislumbre do que eu estou dizendo”, “Jamais subestime a Força!”, “Você ganha comissão? Que mancada. Que man-ca-da...”, “Não, ele não seria assim tão óbvio...”, “Run Forest, run!!!”... Não me lembro agora de mais nenhuma. Depende da situação. Ah, e falar como Yoda também faço muito... errr. Deixa pra lá...
Fora isso, já vi amigo bêbado dançar com poste, bancar o Super-Homem, fingir que voa na proa do Titanic, criança repetir incansavelmente “vingardius leviosa” (se é que é assim que se escreve), gente que não pisa em linhas no chão e não duvido que em pouco tempo a galera esteja degustando ovo cru a torto e a direito. Mas dizem que a vida imita a arte, não é mesmo? Por que nos condenaríamos?
2 comentários:
Simplesmente amei !!
Quem não tem, pelo menos, uma mania que atire a primeira pedra.
As minhas não vou contar não ! Acho melhor não.. :)
Beijos
Eu queria viver num musical. Tipo, eu acordava de amnhã, ia na padaria comprar pão, aí vinha uma melodia saída não sei de onde, eu começava a cantar, e incrivelmente os padeiros e clientes também sabiam a música - que eu estou inventando na hora- e a coreografia - sem ensaio - e de repente tudo terminava e continuava minha vida até a próxima música.
Xii...Acho melhor eu voltar a trabalhar agora... beijo
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