Todos cometemos erros. Teoricamente, de todos os erros, ficam as lições. E nem sempre o errar de novo é sinal de burrice. Acredito no tentar de novo de forma diferente. No mistério do saber tentar de forma diferente. Pode não dar certo e resultar no mesmo erro. Mas o que quero é exaltar o prazer da tentativa. Da nova busca. Dizem (eu sei: vem aí mais um clichê) que a felicidade não está no fim do caminho, mas na apreciação do percurso. Então que seja o erro ou o acerto o fim do caminho, mas por que não se entregar à aventura de um novo percurso? E quantos erros fomos nós que cometemos? Todos cometemos erros. Erramos com as pessoas e elas também erram conosco. E se erram, pode ser proposital ou não. Tudo bem, você vai dizer que eu sou uma otimista que dificilmente acharia que foi premeditado. Mas o fato é que nem sempre o é. E sendo ou não, por que tocar nossa vida em função dos erros dos outros? Porque dói? Bom motivo. Não tenho argumento para a dor. Principalmente para dor de coração. Como dói doído. Turva os olhos e arde a mente. Dói com raiva e angústia e melancolia e desespero e descontrole. Eu sei. Tudo porque alguém errou. E deve ter errado feio. E agora? Trabalho, trabalho, trabalho. Será que passou? Não sei. Será que vai passar em breve? Não sei. Só sei que eu adoraria tentar acertar e, se tiver que errar novamente - ou mesmo se errarem comigo - que sejam outros erros. Novos erros. Não os desejo, não sou louca, tão pouco mártir. Mas posso dizer que estou preparada para eles.
Inspirada por este trecho do Eduardo Lamas:
"Por medo, muitas vezes voltei à segurança antes do tempo. Por deslumbramento, por vezes fiquei tempo demais no ar e quase me esborrachei lá embaixo. Agora, como fruto desses erros, como sobrevivi, mais escaldado estou para enfrentar a água fria. Não, não sou mais o gato assustado de outrora, o medo cessou. Quem sabe quando estiver no fim da linha ele não retorne? Porém, também não me enganarei tão facilmente. Cometerei, sim, erros; porém novos. Novos erros, eis o que aguardo."
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