Coisa estranha esse tal de humor, não é? Abri os olhos pela manhã e dei a tradicional olhadela pro relógio: "será que ele errou e me acordou mais cedo?" Claro que não. A hora está certinha, mas alguma coisa não combina. Os olhos insistem em se fechar. Eu sei que tenho que levantar, mas a cama nunca esteve tão aconchegante. Pensei comigo mesma, quase que automaticamente, que o dia fora dela com certeza não seria tão bom quanto aquele momento ali, tão quentinho, tão preguiçoso. Passou em minha mente a lista interminável de coisas pra fazer e toda a rotina e burocracia que me aguardavam nas próximas horas e meus olhos fecharam-se mais uma vez instintiva e teimosamente. Por que eu não podia ficar ali mais algumas horas? Ou mesmo o dia inteiro, afinal: ninguém me manda, não é mesmo, Silvete? Levantei-me a contra-gosto e fui pro banho. Todo o ritual matinal seguiu-se sem imprevistos e ainda me lembrei de trazer para o escritório umas coisinhas que nunca lembrava de trazer. Cool! Apenas no táxi - quase 15 minutos após ter saído de casa - foi que eu reparei no dia lindo que estava se rascunhando. Ao chegar ao Parque Gráfico (vulgo PG) percebi que estava completamente equivocada e que tinha sido muito injusta com meu julgamento inicial. Invadiram-me uma disposição inesperada e um bom-humor sincero. Definitivamente eu não sei explicar. Não sei se é o lugar, mas com certeza tem alguma a ver com as pessoas. Nada como uma manhã após a outra!
Nenhum comentário:
Postar um comentário